Depoimento da filha Maria Luiza, da Holanda
Luiza, Regina e Aleixo, em Zaandam, Holanda, 2010. |
Minha mãe foi uma ótima pessoa, humana, inteligente, mãe, avó, bisavó, amiga, amável, compreensiva, dedicada. Sempre admirei o seu senso de honestidade a sua capacidade para lidar com qualquer situação. Quando papai morreu, em 1967, Celina e eu tínhamos apenas seis anos além dos outros filhos menores de idade e ela conseguiu encaminhar a todos, mesmo dedicando grande parte de seu tempo diário à espiritualidade.
Minha mãe veio me visitar aqui na Holanda em 1989. Foi a sua única viagem ao exterior. Ela viajava muito, mas não gostava de se ausentar dos trabalhos do centro. Ela gostou muito da cidade e passeamos bastante. Ficou encantada com as flores e fez amizade com todos que encontrou em minha casa.
Didi, em 2001. |
Houve um fato interessante que aconteceu quando ela estava comigo no antigo apartamento em Amsterdam. Ela comentou que havia muitos espíritos vagando pelas ruas da cidade. E descreveu o espírito de uma velha. Três anos mais tarde eu aluguei a casa e uma das inquilinas me ligou, dizendo que a outra estava incorporada com o espírito de uma velha, falando coisas estranhas. Então, me lembrei do que mamãe havia dito sobre aquela senhora. Daí, eu costumava ligar para minha mãe quase todo dia pedindo orientação para esta e outras situações. Ela também dava assistência espiritual para várias de minhas amigas que conheceu aqui. Todos que iam a Goiânia a procuravam no centro ou em sua casa. Ela recebia a todos com carinho, atenção, boa vontade e sempre oferecia o chá com biscoitos, bolo ou tortas que preparava pessoalmente.
Agora quando vou ao Brasil e visito Goiânia sinto muito a sua falta. Uma saudade imensa, nunca mais será a mesma coisa. Dona Didi mudou de plano espiritual e nos deixou órfãos de sua presença física. Mas sei que onde ela estiver estará velando por todos os seus filhos, netos e entes queridos.