sábado, 18 de setembro de 2010

Depoimento da filha Maria Luiza, da Holanda



Luiza, Regina e Aleixo, em Zaandam, Holanda, 2010.
Minha mãe foi uma ótima pessoa, humana, inteligente, mãe, avó, bisavó, amiga, amável, compreensiva, dedicada. Sempre admirei o seu senso de honestidade a sua capacidade para lidar com qualquer situação. Quando papai morreu, em 1967, Celina e eu tínhamos apenas seis anos além dos outros filhos menores de idade e ela conseguiu encaminhar a todos, mesmo dedicando grande parte de seu tempo diário à espiritualidade.

Minha mãe veio me visitar aqui na Holanda em 1989. Foi a sua única viagem ao exterior. Ela viajava muito, mas não gostava de se ausentar dos trabalhos do centro. Ela gostou muito da cidade e passeamos bastante. Ficou encantada com as flores e fez amizade com todos que encontrou em minha casa.

Didi, em 2001.
Houve um fato interessante que aconteceu quando ela estava comigo no antigo apartamento em Amsterdam. Ela comentou que havia muitos espíritos vagando pelas ruas da cidade. E descreveu o espírito de uma velha. Três anos mais tarde eu aluguei a casa e uma das inquilinas me ligou, dizendo que a outra estava incorporada com o espírito de uma velha, falando coisas estranhas. Então, me lembrei do que mamãe havia dito sobre aquela senhora. Daí, eu costumava ligar para minha mãe quase todo dia pedindo orientação para esta e outras situações. Ela também dava assistência espiritual para várias de minhas amigas que conheceu aqui. Todos que iam a Goiânia a procuravam no centro ou em sua casa. Ela recebia a todos com carinho, atenção, boa vontade e sempre oferecia o chá com biscoitos, bolo ou tortas que preparava pessoalmente.

Agora quando vou ao Brasil e visito Goiânia sinto muito a sua falta. Uma saudade imensa, nunca mais será a mesma coisa. Dona Didi mudou de plano espiritual e nos deixou órfãos de sua presença física. Mas sei que onde ela estiver estará velando por todos os seus filhos, netos e entes queridos.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

COMENTÁRIO DO NETO BRUNO CÉSAR

Bruno e Heitor, neto e bisneto de Dona Didi.
Oi, Tia, muito bom os dois blogs, pena que muito do que está registrado ali só interesse a nós, filhos e netos, né? Se as pessoas fossem mais interessadas na história, o blog da Vó Didi estaria bombando, mesmo porque ela foi junto com meu avô José Araújo, pioneiros em Goiânia! Eu mesmo sei de várias histórias
bacanas, só que não estou tendo tempo para colocar no blog. Histórias fantásticas como o armazém do Vô Zé Araújo, que, segundo o meu pai, era o melhor da época, vendia-se de tudo: de ferramentas agrícolas a alimentos, um verdadeiro mercadão de secos e molhados, muito procurado na época. Sei de muitas histórias legais que meus pais me contaram ao longo desses quarenta e um anos de vida que tenho e que ficaram marcados em minha memória.
Beijos tia, se quiser colocar esse relato no blog da Vó Didi, ficarei muito feliz, estou enviando umas fotos pra você tia, beijos...
A propósito, tia, sua viagem é muito linda, considero gratificante poder conhecer lugares tão belos como esses relatados por você, beijos...
Bruno César
Ribeirão Preto, 13.09.2010.