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Médium Rosa Lya sendo entrevistada para o blogdadonadidi. |
Dona Didi foi uma pessoa muito especial na minha vida. Sempre sonho com ela à noite. E eu nos vejo no trabalho do CEIC ou nos velhos papos que compartilhávamos antes do início de cada sessão. Cheguei ao Centro Espiritualista Irmãos do Caminho, levada pela Dª Iolanda, em 1980, quando ele ainda funcionava no setor oeste.
Elcyr entrou depois de mim e lá encontrei os afins que passaram a compor a minha família espiritual. Posso citar os nomes: Deolinda, Benedita, Jenecy, Maria Máris, Mariona, Seu Mário, Abadio. Seu Dimas era o cambono quando entrei.
Dª Didi foi importante na minha vida porque eu era leiga em termos de umbanda e ela me ensinou tudo que sei. Meu pai tinha sido presidente de um centro kardecista, em Carolina do Norte, MA, onde nasci. Assim que comecei a freqüentar o CEIC, Dª Didi teve uma visão. Foi durante a minha iniciação. Ela viu a minha mãe, desencarnada desde 1956, me entregando um buquê de lírios. Então, senti que eu havia encontrado o meu lugar de trabalho.
Trabalhar no centro espírita é uma escola. Na época de Dona Didi tudo era bem organizado com muita disciplina, coerência e amor. Isso é peça importante no crescimento de todos nós.
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Regina e Rosa Lya, em 27.10.2010. |
Naquela ocasião eu nunca participava de cachoeira e mar. Para esses trabalhos especiais havia toda uma preparação especial e os médiuns eram escalados pela espiritualidade.
Uma experiência que me marcou foi quando trabalhei junto com a Jenecy. Lembro-me dos trabalhos de Ramayara que eram indescritíveis. A energia era tão elevada que a gente ficava em estado de graça dias após a sua realização. Dª Didi tinha uma maneira de nos ensinar sem nos forçar a nada e isso fazia com que a gente aceitasse tudo plenamente.
Lembro-me do Dr. Célio. Ele foi alguém muito importante no centro. Tinha imenso respeito e carinho por Dª Didi e sempre fez questão de colaborar da melhor maneira possível. Dª Didi sabia conquistar as pessoas sem passar muito as mãos na nossa cabeça, mas com disciplina amorosa e justa.
Quando ela se desligou do centro as entidades também subiram. Mas, hoje, sei que Pantera continua no centro por meio da médium Jenecy.
Dª Didi era uma médium iluminada e de uma grandeza incrível. Mariazinha, Jenecy e eu saímos do centro junto com Dª Didi. A gente não sabia bem o que estava acontecendo, até que a sua saída foi anunciada no fechamento dos trabalhos do ano de 1996. Parece que havia uma pressão para a sua saída, ela tentou reverter essa situação diplomaticamente, mas como não foi possível, ela se afastou. E sei que sofreu muito, porque esse trabalho mediúnico era a sua razão de viver!
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Rosa Lya e Dona Didi, em 2003. |
Senhor Edy de Simone era muito ligado a Dª Didi. Ele tinha verdadeira admiração por ela, apesar de, às vezes, discordarem em relação a alguma norma. Ele sempre estudou muito e suas palestras são muito apreciadas por todos.
Lembro-me de um evento ocorrido no centro - o casamento do Marco Aurélio - celebrado por Emmanuel. Foi algo maravilhoso. Dª Didi estava iluminada, parecia que toda a espiritualidade conspirava energeticamente pelo enlace de dois irmãos do caminho.
Dª Iolanda me contava vários fatos dos trabalhos de materialização e cura feitos por intermédio de Dª Didi e para os quais eu não havia sido designada.
Eu me afastei do CEIC por bastante tempo, mas minha vida ficou vazia. Retornei junto com Jenecy, depois de cerca de três anos distante. Abadio se afastou, depois de organizar o que havia começado. Gostaria que ele também voltasse para o CEIC.
Lembro de fato semelhante que ocorreu com uma prima. Ela fundou um centro na minha terra natal. Aquilo era a sua vida! De repente, ela viu o centro invadido por pessoas jovens e inexperientes e, ao voltar de uma viagem, passou a sentar-se na assistência. Haviam retirado até as fotos de Emmanuel e Bezerra de Menezes que adornavam as paredes há tanto tempo!
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Dona Didi, em 1996. |
A Dª Didi como médium foi insuperável. Houve um trabalho na mata em que a entidade subiu na árvore e depois de afastou. Ela tinha pavor de altura e ficou apavorada quando a entidade se afastou e a deixou na árvore. Voltou à consciência questionando como havia subido lá.
Em sua época, havia mais critérios. Tudo era feito com orientação espiritual a que ela obedecia e nos ensinava a respeitar. Dª Didi sabia conduzir os irmãos. Mesmo os puxões de orelha eram dados com diplomacia e todos ficavam gratos pelo aprendizado.
Tive minha iniciação com psicografia, mas hoje não me sinto mais pronta para isto. Sei que quando mudar de plano espiritual poderei contar com a ajuda de Dª Didi que tanta gente ajudou por meio da espiritualidade!
Dona Rosa Lya deu seu depoimento em sua residência acompanhada por seu marido Sr. Antônio Lisboa. Este contou que Dona Didi sempre o convidou a freqüentar o centro, mas mesmo simpatizante da doutrina, ele nunca quis assumir compromissos pessoais, apesar de sempre haver apoiado a companheira em sua caminhada como irmã do caminho.