sábado, 30 de outubro de 2010

DEPOIMENTO DE LANE NAVES SOBRE A DONA DIDI



Lane e sua mãe, Maria Duarte Naves.
Dona Didi foi uma pessoa muito importante na vida de muita gente, devido ao caminho cristão que escolheu, ao seu papel de líder espiritualista e de mãe em potencial!

Ela era amiga de minha mãe – Maria Duarte Naves – que a admirava muito e gostava de encontrá-la, porque existia muita afinidade e empatia entre elas!

Lembro-me de sua imagem na casa da Rua Seis quando eu tinha uns oito anos de idade! Morávamos na Av. Paranaíba e subíamos a rua de dona Didi (seis), em direção ao mercado e ao centro comercial da cidade que era constituído do comércio na Rua Quatro, explorado pelos turcos, e na Avenida Anhanguera, onde ficavam as maiores lojas.

Dona Didi e seu sorriso franco!
Mamãe e eu sabíamos que a encontraríamos sempre rodeada dos filhos e exibindo aquele sorriso franco e a sua costumeira amabilidade. Ela foi muito presente em minha vida nessa época e, quando nós passávamos à sua porta, sempre parávamos para conversar por alguns minutos e compartilhar com ela momentos de sabedoria. Sentíamos que aquela troca quase diária era mais importante do que continuar o nosso trajeto!

Assim, minha mãe marcava aqueles encontros espirituais para que ela nos abençoasse. Esses contatos se perpetuavam durante dias subseqüentes e nunca os esquecerei! A vida em Goiânia era tranqüila àquela época e a gente tinha tempo suficiente para encontrar os afins sem a correria da atualidade!

Lane e Regina, 1996.
Enquanto Dona Didi se entretinha com minha mãe, a Regina conversava comigo com o mesmo sorriso de sua mãe que embalava as alegrias da convivência amiga.

Os valores e a harmonia daquele tempo foram bastante significativos para os meus sonhos de menina pré-adolescente que desabrochava para a vida prenhe de esperanças de novos encontros e com as fantasias do carinho, do amor e da felicidade permanente.

Regina ainda adolescente foi minha professora no Centro Cultural Brasil Estados Unidos; depois, colega de graduação, mestrado, magistério e pude acompanhar toda a trajetória de sua mãe – Dona Didi! Algumas vezes fomos ao Centro para tomar passes energéticos e buscar água fluída e, assim, pudemos avaliar a importância do trabalho mediúnico desenvolvido por Dona Didi.

Aleixo, Regina e Lane, em 29.10.2010.
Os anos se passaram e eis que aqueles primeiros encontros reforçaram o meu futuro, desenhado pelos sorrisos de minha mãe, da Dona Didi e de minha grande amiga Regina.

Quero confirmar que essa convivência foi substancial para as minhas realizações como professora, mãe, amiga e mulher!

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

DEPOIMENTO DE ELCYR MANATA SOBRE A DONA DIDI



Dona Didi, quando Elcyr começou a frequentar o CEIC, 1970
Eu morava à rua nove do setor oeste, bem próximo ao Centro Espiritualista Irmãos do Caminho e comecei a freqüentar o centro em 70, ainda na assistência. Em 74, passei por uma cirurgia necessária e fiz o tratamento posterior no CEIC. No ano seguinte, 1975, o mentor me convidou a trabalhar e nunca mais me afastei do núcleo.

Com Dona Didi, nós organizávamos almoços em benefício das obras assistenciais. Naquela época as coisas eram mais difícies, nós fazíamos o almoço e arrumávamos tudo, além de vender os ingressos. Separávamos por grupos: grupo do frango, da maionese... Eu pertencia a este último. Também assumi por quase dois anos a direção da Creche Casa do Caminho, trabalho difícil, mas deveras gratificante! Depois que terminou o meu período, Dona Didi me substituiu, permanecendo por quase vinte anos na coordenação, até o seu afastamento da entidade.

Dª Didi era incansável em todos os setores, como médium, como administradora da entidade, como irmã e mãe! Naquele tempo a freqüência dos médiuns era diferente. Eu fiz odontologia, porém já não exercia há bastante tempo. Mas a maioria da equipe feminina era constituída apenas de donas de casa. Hoje, todo mundo trabalha fora. Houve muita modificação na sociedade e isso refletiu em todos os setores.

Dona Didi e seu neto Amaro, em 2004, aos 83 anos.
Air assumiu o centro depois da saída de Dª Didi e eu continuei ajudando. Todos nós ficamos abalados porque já estávamos habituados à mediunidade de Dona Didi. Muitos médiuns saíram do centro na ocasião. Com o tempo alguns voltaram e também entraram novos médiuns.

Lembro-me de um dia especial em que o Dr. Eurípedes Barsanulfo veio à minha casa por intermédio de Dona Didi, quando minha mãe estava doente. Eu já morava aqui neste apartamento. Ele falou muito bonito e comoveu a todos os presentes. Minha mãe havia conhecido o Dr. Eurípedes quando menina, em Sacramento, MG, e ele se tornou o mentor de nossa família. Minha avó morava lá na terra do Dr. Eurípedes.

Como disse anteriormente, conheci a Dona Didi, em 1970, no Centro Espiritualista Irmãos do Caminho. Meus pais, quando vinham a GYN, também iam ao centro tomar passe e buscar a sua água fluída. Quando meu pai faleceu, minha mãe veio morar comigo, permanecendo até 96, quando mudou de plano espiritual. Dona Didi sempre lhe deu muita assistência!

Eu nasci em berço espírita. Há 35 anos freqüento o centro. Antes eu o fazia três vezes por semana. Agora o faço duas vezes por semana, junto com meu filho Régis. Trabalhando no centro com Dona Didi, tive bastante contato com Ramayara e também atuei na sala de cura do Dr. Fritz, além dos outros trabalhos regulares.

Jenecy, Dona Didi e Maria Amélia, em 2004.
Li em um livro que quando um médium se afasta do núcleo ou muda de plano espiritual, os seus guias também terminam a sua missão. Imagino que isso deve ter acontecido neste caso!

Para descrever a Dª Didi, eu só posso dizer que ela era uma mãezona para todos nós, inesquecível, trabalhava incansavelmente e se houver bônus hora, com certeza ela conseguiu todos os possíveis por meio de seu trabalho de dedicação e amor ao próximo.

Lembro-me, ainda, do nome de alguns médiuns que freqüentaram o CEIC na época de Dona Didi: Maria Máris, Mariona, Emilse, Agostinha, Torres, Abadio, Edson, Dimas, Nair e João, Lourdes, Benedita, Tiana, Air, Edy, Jésus, Zuleica e seu pai Dr. Célio, que fazia palestras.

Os trabalhos de cura eram maravilhosos, saíamos para realizá-los na mata ou na cachoeira. Só quem teve o privilégio de participar daquela energia que nos envolvia a cada bênção recebida pode avaliar as maravilhas que presenciamos ao lado de Dona Didi.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

DEPOIMENTO DE ROSA LYA SOBRE A DONA DIDI




Médium Rosa Lya sendo entrevistada para o blogdadonadidi. 
Dona Didi foi uma pessoa muito especial na minha vida. Sempre sonho com ela à noite. E eu nos vejo no trabalho do CEIC ou nos velhos papos que compartilhávamos antes do início de cada sessão. Cheguei ao Centro Espiritualista Irmãos do Caminho, levada pela Dª Iolanda, em 1980, quando ele ainda funcionava no setor oeste.

Elcyr entrou depois de mim e lá encontrei os afins que passaram a compor a minha família espiritual. Posso citar os nomes: Deolinda, Benedita, Jenecy, Maria Máris, Mariona, Seu Mário, Abadio. Seu Dimas era o cambono quando entrei.

Dª Didi foi importante na minha vida porque eu era leiga em termos de umbanda e ela me ensinou tudo que sei. Meu pai tinha sido presidente de um centro kardecista, em Carolina do Norte, MA, onde nasci. Assim que comecei a freqüentar o CEIC, Dª Didi teve uma visão. Foi durante a minha iniciação. Ela viu a minha mãe, desencarnada desde 1956, me entregando um buquê de lírios. Então, senti que eu havia encontrado o meu lugar de trabalho.

Trabalhar no centro espírita é uma escola. Na época de Dona Didi tudo era bem organizado com muita disciplina, coerência e amor. Isso é peça importante no crescimento de todos nós.

Regina e Rosa Lya, em 27.10.2010.
Naquela ocasião eu nunca participava de cachoeira e mar. Para esses trabalhos especiais havia toda uma preparação especial e os médiuns eram escalados pela espiritualidade.

Uma experiência que me marcou foi quando trabalhei junto com a Jenecy. Lembro-me dos trabalhos de Ramayara que eram indescritíveis. A energia era tão elevada que a gente ficava em estado de graça dias após a sua realização. Dª Didi tinha uma maneira de nos ensinar sem nos forçar a nada e isso fazia com que a gente aceitasse tudo plenamente.

Lembro-me do Dr. Célio. Ele foi alguém muito importante no centro. Tinha imenso respeito e carinho por Dª Didi e sempre fez questão de colaborar da melhor maneira possível. Dª Didi sabia conquistar as pessoas sem passar muito as mãos na nossa cabeça, mas com disciplina amorosa e justa.

Quando ela se desligou do centro as entidades também subiram. Mas, hoje, sei que Pantera continua no centro por meio da médium Jenecy.

Dª Didi era uma médium iluminada e de uma grandeza incrível. Mariazinha, Jenecy e eu saímos do centro junto com Dª Didi. A gente não sabia bem o que estava acontecendo, até que a sua saída foi anunciada no fechamento dos trabalhos do ano de 1996. Parece que havia uma pressão para a sua saída, ela tentou reverter essa situação diplomaticamente, mas como não foi possível, ela se afastou. E sei que sofreu muito, porque esse trabalho mediúnico era a sua razão de viver!

Rosa Lya e Dona Didi, em 2003.
Senhor Edy de Simone era muito ligado a Dª Didi. Ele tinha verdadeira admiração por ela, apesar de, às vezes, discordarem em relação a alguma norma. Ele sempre estudou muito e suas palestras são muito apreciadas por todos.

Lembro-me de um evento ocorrido no centro - o casamento do Marco Aurélio - celebrado por Emmanuel. Foi algo maravilhoso. Dª Didi estava iluminada, parecia que toda a espiritualidade conspirava energeticamente pelo enlace de dois irmãos do caminho.

Dª Iolanda me contava vários fatos dos trabalhos de materialização e cura feitos por intermédio de Dª Didi e para os quais eu não havia sido designada.

Eu me afastei do CEIC por bastante tempo, mas minha vida ficou vazia. Retornei junto com Jenecy, depois de cerca de três anos distante. Abadio se afastou, depois de organizar o que havia começado. Gostaria que ele também voltasse para o CEIC.

Lembro de fato semelhante que ocorreu com uma prima. Ela fundou um centro na minha terra natal. Aquilo era a sua vida! De repente, ela viu o centro invadido por pessoas jovens e inexperientes e, ao voltar de uma viagem, passou a sentar-se na assistência. Haviam retirado até as fotos de Emmanuel e Bezerra de Menezes que adornavam as paredes há tanto tempo!

Dona Didi, em 1996.
A Dª Didi como médium foi insuperável. Houve um trabalho na mata em que a entidade subiu na árvore e depois de afastou. Ela tinha pavor de altura e ficou apavorada quando a entidade se afastou e a deixou na árvore. Voltou à consciência questionando como havia subido lá.

Em sua época, havia mais critérios. Tudo era feito com orientação espiritual a que ela obedecia e nos ensinava a respeitar. Dª Didi sabia conduzir os irmãos. Mesmo os puxões de orelha eram dados com diplomacia e todos ficavam gratos pelo aprendizado.

Tive minha iniciação com psicografia, mas hoje não me sinto mais pronta para isto. Sei que quando mudar de plano espiritual poderei contar com a ajuda de Dª Didi que tanta gente ajudou por meio da espiritualidade! 

Dona Rosa Lya deu seu depoimento em sua residência acompanhada por seu marido Sr. Antônio Lisboa. Este contou que Dona Didi sempre o convidou a freqüentar o centro, mas mesmo simpatizante da doutrina, ele nunca quis assumir compromissos pessoais, apesar de sempre haver apoiado a companheira em sua caminhada como irmã do caminho.