sexta-feira, 1 de abril de 2011

MENSAGEM DE DONA DIDI AOS SEUS NETOS

Meus netos amados: Bruno César, Isabel Cristina, Patrícia Bianca, Alexandre, Otávio Sérgio, Fábia Fernanda, Gustavo Henrique, Priscila, Tarsila, Leonardo, Leandro, Flávia, Lívia, Aline, Amaro, Pollyanna Augusta, Luciana, André Felipe, Marcela, Paula Wanessa, Renata Carolina, Raymond Junior, Ângelo.

Netos de Dona Didi, em 1986.
Na magia deste momento, quero testemunhar a gratidão por abrilhantarem a minha vida tão simples e bonita.

Seus pais acolheram cada um em seus braços dadivosos e lhes ensinaram a fé viva à frente do futuro que teriam que trilhar. Talvez quando estavam construindo os castelos de areia nas praias, sonharam com a materialização do castelo de ventura; esqueceram, porém, que escolheram, talvez, há centenas de anos passados, a oportunidade de sacrifício no estudo, na vida, no esforço de se tornarem criaturas dignas e evoluídas.

Muitas vezes, netos queridos, sentirão a tormenta. Por isso será necessário a vigilância para que suas vidas não mergulhem nas ondas tempestuosas do mar revolto.

Creiam, jamais faltará a divina misericórdia para todos nós.

Somos filhos de Deus e cumpre-nos expressar a Sua divina presença através de nossos atos.

Com muito amor,
Sua avó Geraldina.

MENSAGEM DE DONA DIDI AOS SEUS FILHOS

MEMÓRIAS é dedicado aos meus filhos, netos e bisnetos!

Queridos filhos: Marco Antônio, Regina Lúcia, Clélia Maria, Sônia Cristina, José Araújo Júnior, Maria Celina, Maria Luiza. Também Maria Elisabeth (in memoriam).

Dona Didi, em 1996.
Eis-me, aqui, sempre, para o nosso encontro de alma para alma! Sinto-me feliz pela oportunidade que tive de trazê-los ao mundo, uns para missão de resgate, outros para refazimento de meu espírito, outros, ainda, para aprendizado. Amo-os muito, são todos muito queridos do meu espírito e quisera eu amenizar as agruras por que passam ou que venham a passar...

Entretanto, meus filhos, eu não sei se posso julgar a existência, em minha inexperiência... E, pergunto a mim mesma, como bons filhos que foram e que serão, o porquê de tantas lutas e de tantos desencontros na vida de cada um!

Apesar disto, filhos, as dificuldades, o grande trabalho e o sacrifício de continuarem bons, mesmo com a metamorfose do mundo e dos seres, nos dão o equilíbrio, a força, que nos impelem para a grande subida rumo às esferas divinas.

Agradeço com beijos a cada um a colaboração que me deram, para sanar as minhas feridas da alma imperfeita.

Seis dos irmãos Araújo, em 2005. Marco mora em Ribeirão Preto.
Todos ministraram para mim o bálsamo que amenizou o meu cansaço e o equilíbrio que sanaram as minhas emoções atormentadas.

Filhos, tenham sempre a confiança em Deus! Agradeçamos as dores que nos fizeram testemunhar a nossa humildade e perseverança.

Continuemos unidos em espírito porque mais das vezes receberemos a graça da união em outras vidas.

Filhos, beijos carinhosamente a cada um e sei que continuarão a exemplificar o evangelho no cotidiano de suas vidas.

Sua mãe, Geraldina.

CONVIVÊNCIA COM A DONA DIDI


Regina é uma das filhas de D. Didi.
Mamãe era uma personalidade ímpar, a exemplo dos seres humanos que trazem a mediunidade a ser desenvolvida em benefício do semelhante. Como estudantes espiritualistas, sabemos é isso não chega a ser mérito, mas uma necessidade do espírito que, durante o intervalo no plano espiritual, entre uma encarnação e outra, fez esta opção ou foi agraciado com ela para quitação de débitos passados ou necessária provação.

Quando eu era mais jovem, eu a taxava de parcial, de temperamento instável, capaz de ações grandiosas, mas incoerentes com pequenas imperfeições comuns aos mortais. Quando amadureci um pouco, pude compreendê-la melhor. Seu coração materno era enorme, seu amor compaixão era capaz de nos surpreender sempre.

Didi na Creche Casa do Caminho, 1990.
Ela adorava os filhos, netos, bisnetos e até nos dedicou a suas memórias especificamente. As introduções que ela fez ao dedicar suas memórias foram digitadas e serão exibidas nas próximas postagens.

Seu dia começava com o exercício da caridade. Independente do clima ou de suas condições de transporte, ela se dirigia à creche e ali recebia as mães e as crianças. Dona Didi estava sempre atenta à orientação correta para cada funcionária que cuidava das crianças, divididas em grupos, por faixas etárias. Tinha sempre uma palavra ou um gesto de afeto para com cada um! Estava sempre sorridente, apesar de ser exigente em relação à disciplina e à obrigação de cada um de acordo com o serviço que executava. Inspecionava a cozinha, estipulava o cardápio, observava cada criança e as acarinhava com desvelo. Tinha preocupação com a higiene do ambiente e orientava o cuidado com cada uma das crianças. Todos a adoravam!

Durante o dia, ela cuidava da administração de seu próprio lar, recebia filhos e irmãos do caminho para lanches, atendia todos que a procuravam solicitando auxílio. E a cada sessão noturna, lá estava ela presente integralmente, chegava sempre primeiro que a maioria e acolhia a todos com atenção amorosa.

Ao final dos trabalhos, Dona Didi estava sempre radiante. Sua fé era incrível e contagiava a todos com seu amor caridade.