Eu estive no Centro Espiritualista Irmãos do Caminho, primeiramente, em 1976, quando a instituição ainda funcionava na sede do setor oeste. Fui atendido lá, mas não quis freqüentá-lo, porque algumas práticas não coadunavam com meus valores, então. Só retornei ao centro sete anos mais tarde, quando passava por nova crise na vida profissional.
Neuza e Edy de Simone, em sua residência, 30.10.2010. |
O amigo - Dr. Fábio - me aconselhou a procurar alguém na Avenida Goiás. Era Air Gomes de Moura que sugeriu que eu falasse com o mentor da instituição. Tentei marcar a consulta com o mentor de Dª Didi, por diversas vezes, sem sucesso. Naquela época, só eram atendidas sete pessoas por sessão e como eu não dispunha de tempo para chegar ao centro mais cedo, sempre as senhas já estavam esgotadas. Finalmente, solicitei a um contínuo da empresa que fosse marcar a consulta, logrando sucesso.
Dona Didi, na Creche Casa do Caminho, àquela época. |
Acabei vestindo a camisa de irmão do caminho e participei bastante das atividades do centro. Assim, em 83 e 84 trabalhei com minha esposa Neuza, com o Dr. Fábio e outros voluntários, junto à Creche Casa do Caminho. Neuza sempre teve facilidade na incorporação, mas eu me afinizava melhor com os trabalhos sociais, a manutenção das obras e a preparação de palestras. O Dr. Fábio mantinha uma horta comunitária na creche e gostava de auxiliá-lo nesta tarefa, além de me responsabilizar por consertos relativos à manutenção da casa.
Sempre acreditarei na existência de outros planos. Creio que minha enfermidade atual aconteceu para eu acabar com as minhas dúvidas, com o meu ceticismo. Há muito tempo atrás, soube que, aos 60 anos, eu ficaria cego e perderia todos os dentes. Esta informação veio por meio de uma visão. E isto realmente aconteceu. Meus dentes foram caindo um a um, apesar de todo o cuidado preventivo. Na época da visão, eu a relatei a Pantera, incorporado em Dona Didi, e ele falou que nosso destino é marcado, mas que podemos mudá-lo por meio de nosso comportamento. Assim, tentei me transformar a cada dia, seguindo os seus conselhos, praticando, sobretudo, a caridade cristã. Ele acrescentou que, dependendo de minha conduta, talvez eu não ficasse cego ou a falta de visão seria de uma vista só, como está ocorrendo agora.
Como digo em minhas palestras, a gente tem oportunidade de fazer o bem 24 horas por dia e aquilo que Pantera me disse tem-se comprovado. Gostaria de ter a fé de minha companheira Neuza por quem Dona Didi tinha um carinho especial. As duas tinham muita afinidade!
Quando nós viemos para Goiânia, eu convenci a Neuza a aprender a dirigir e ela o fez. Nestes últimos meses, com a enfermidade por que passei, ela pôde dar-me toda a assistência necessária, acompanhando-me a médicos, laboratórios, clínicas, por mais de um ano. Sempre serei grato à atenção que ela e meus filhos me dispensaram, apesar de todo o meu mau humor e impaciência!
Neuza e Edy. |
Neuza reitera que tinha muita afinidade com dona Didi e só se afastou do CEIC devido à doença de seu marido – Edy de Simone Machado. Conta que sempre costurou para a obra do berço e foi responsável pelos uniformes da creche durante todos estes anos.
O casal tem uma admiração muito grande pela mediunidade do senhor Edson que também retornou ao CEIC, depois de cumprir missão espiritual em outra casa de oração, em Aparecida, nos últimos tempos. O guia do senhor Edson é o Pai Joaquim. Este sempre nos dá assistência espiritual, durante os passes aplicados em nossa residência por seu instrumento, exemplo vivo de caridade cristã.
O senhor Edy lembra-se de como passou a admirar a mediunidade do médium Edson. Um dia, há muitos anos atrás, ele havia selecionado um candidato para substituir um de seus funcionários, em Jataí. À noite, ele foi ao CEIC e, na hora dos passes, ele se posicionou ao lado do senhor Edson que costumava dar orientações orais aos seus assistidos, apesar de orientação contrária da instituição.
Ele estava lá quando percebeu que o candidato aprovado estava no centro, vindo tomar passe com o senhor Edson, ao seu lado. Assim, ele ouviu quando o rapaz contou que seu pai era muito doente, que ele tomava conta dele e pedia o auxílio da espiritualidade para interceder para que ele não fosse para longe, relatando que precisava do trabalho que havia arranjado, mas que não podia ir para o interior, deixando seu pai sem seus cuidados.
Em resposta, o guia de Edson disse que ele não precisava se preocupar, porque isso não aconteceria. Podia voltar tranqüilo!
Eu ouvi a orientação do Sr. Edson e duvidei. Sabia que o tal candidato selecionado teria que ir para Jataí, dependia de minha anuência e eu não mudaria de idéia, pois aquele a quem ele substituiria há muito tempo tinha essa expectativa.
Acontece que o dia seguinte, o funcionário de Jataí me ligou pessoalmente pedindo encarecidamente que não fosse mais transferido. Ele havia sido promovido a sub-pastor em sua igreja, precisava estar na cidade nos próximos dois anos e não queria mais ser substituído! Nunca mais duvidei da mediunidade de nosso irmão Edson! Ele também era muito ligado a Dona Didi!