sexta-feira, 22 de abril de 2011

VISÃO ESPÍRITA DA PÁSCOA

Zuleika, Tania, Alzira, Keila, Valderez, Regina,
no CEIC, 2010.
Estamos mais uma vez na época da páscoa. Páscoa é uma palavra hebraica que significa libertação. Com o êxodo, a páscoa hebraica significa a lembrança perene da libertação do povo hebreu da escravidão do Egito, por Moisés. Como cristãos, somos levados ao longínquo passado ao recordar a passagem de Jesus pela terra, a sua mensagem de perdão aos inimigos e de amor à humanidade inteira.

Esta época tem para os espíritas um significado muito especial, pois lembra-nos de que Jesus, vencendo a morte, nos transmitiu um ensinamento fundamental: o de que a vida continua para além do corpo físico, pois ele fez questão de aparecer aos apóstolos e a Maria de Magdala, após o sepultamento.

Air Gomes de Moura e Regina Araújo,
2010.
Mas, aqui reside uma diferença substancial entre as religiões cristãs e o espiritismo – a crença na ressurreição de Jesus. Para nós, espíritas, Jesus ressurgiu no seu corpo espiritual e não com o corpo físico, esse possivelmente em decomposição, com danos irreversíveis no cérebro ao fim de pouco tempo, de acordo com a ciência.

As Igrejas cristãs continuam defendendo a ideia de que o Cristo subiu aos céus em corpo e alma, e de que o mesmo sucederá a todos os eleitos no chamado juízo final. Mas a doutrina espírita, defensora da lógica e do bom-senso refuta essa teoria, pela impossibilidade física de seres que já faleceram ao longo dos séculos terem os respectivos corpos reconstituídos nas suas estruturas orgânicas no dia do juízo final.

Grupo do Reiki na Chácara Shamballa, 2011.
Esta ideia é contra qualquer noção de justiça e de moral, pois mais justa será sempre a concessão ao homem de nova oportunidade de renascimento, tantas vezes quantas as necessárias, de modo a que este tenha a possibilidade de corrigir os erros cometidos e de evoluir no aprendizado intelecto-moral, de modo a alcançar novos degraus de crescimento, rumo à perfeição.

Outro aspecto que desde sempre nos foi transmitido pela religião judaico-cristã tradicional é a noção da culpa. Jesus sofreu o processo da crucifixação para nos salvar dos nossos pecados, cometidos desde Adão e Eva. Todavia, para os espíritas, que não possuem rituais, nem proibições de comidas ou de trabalho, a páscoa é a época de lembrar mais uma vez a necessidade da libertação de nossas imperfeições, visando ao crescimento moral e espiritual.

Natal na Creche Casa di Caminho, dez. 2010.
Em vez de nos agarrarmos às exterioridades das celebrações pascais, aproveitemos esta época para tentarmos mudar alguns dos nossos hábitos, ser menos egoístas, mais caridosos e amigos com todos os que nos rodeiam. Essa a verdadeira mensagem que Jesus nos deixou e a certeza de que estará sempre ao nosso lado cuidando do nosso orbe e de cada um de nós, auxiliando-nos no reerguimento, após cada uma de nossas quedas.

Portanto, devemos comemorar uma páscoa diferente, isto é, a do nosso desejo de transformação interior. A páscoa da valorização da própria vida na certeza da imortalidade.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

FAMLIA BAIANA DE DONA DIDI



Elzinha comemorando 70 anos, em
8 de setembro de 2010.
O Elzinha Magalhães e Celso Santos foram amigos de Dona Didi desde a década de cinqüenta, quando o jovem casal morou em Goiânia e Dona Didi ainda freqüentava a Tenda do Caminho, hoje, Irradiação Espírita Cristã. José Araújo, esposo de Dona Didi e fundador do CEIC, gostava muito de ajudar as pessoas que chegavam à cidade e se afinizou com o engenheiro geólogo paulista que acabava de constituir família e andava buscando novos horizontes profissionais. Elzinha, baiana de nascimento e coração, apegou-se à Dona Didi e passou a ser o seu braço direito nas obras de caridade.

Elzinha era pouco mais que uma adolescente na época, mas queria muito ser mãe e ajudava  Dona Didi, angariando fundos para a construção das obras, por meio de almoços ou jantares beneficentes, pedido de mantimentos a empresas, venda de rifas, confecção de enxovais para recém nascidos, trabalho mediúnico, ou, simplesmente, visitas solidária a obras assistenciais. Como estudantes espiritualistas, sabemos que acontecia o reencontro de membros de uma família espiritual. Esses vínculos são eternos, indissolúveis!

Neta Carol, Elzinha,  netoLeonardo,  mãe Vira,
Filha Tanit e genro Pedro.
Eles permaneceram em Goiânia por alguns anos, mudando para Salvador, no primeiro semestre de 1960, exatamente na época da inauguração da nova capital do país – Brasília. Apesar da distância, sempre mantivemos contato por meio de cartas, telefonemas, visitas anuais, agora,  também pela internet.

Sempre que Elzinha e Celso vinham, eles faziam questão de freqüentar os Irmãos do Caminho, inaugurado dois anos depois de sua mudança para a Bahia. Lá o casal abriu uma empresa de administração de condomínios Muito bem sucedida que mantiveram até pouco antes do desencarne do Dr. Celso há poucos anos atrás. Compraram também uma fazenda que Dona Didi visitava sempre que ia à Bahia rever os irmãos espirituais.

Cinco gerações de mulheres baianas:
Vira, Elzinha, Tanit, Carol e Manuela.
Em 63, o casal foi agraciado com a chegada da filha amada – Tanit. Dona Didi e o senhor José Araújo fizeram questão de enviar uma caixa com o rico e completo enxoval para a tão esperada recém nascida! Mais tarde a Tanit viria para ser batizada, em Goiânia, no Centro Espiritualista Irmãos do Caminho. O casal Araújo preferiu que os padrinhos fossem Sônia e Air, então, filha e genro de Dona Didi.

Estivemos na Bahia por ocasião de nascimentos, formaturas, casamentos de Tanit e de sua filha Carol que acaba de ganhar também uma menininha – Manuela. Às vezes vamos apenas para matar as saudades e provar o delicioso cozido baiano preparado pela Elzinha ou sua mãe Elvira. Ou simplesmente curtir o mar baiano e a riqueza cultural daquela cidade tão brasileira. Eles também nos visitam sempre que possível! Da última vez, estiveram aqui na Shamballa para um lanche - Elzinha, Tanit e o filho Leo, acadêmico de medicina e músico de uma banda em sua cidade. Seu pai  engenheiro civil trabalha em empresa brasileira na África. Planejamos, ainda, uma festa junina neste espaço para homenagear  os irmãos espirituais de Salvador!

Célebre foto! Vira diz à neta Tanit: -
Minha neta, me de cá a sua neta !
 Manuela nasceu em 3 de abril de 2011.
Esta amizade permanece até os dias  atuais. Hoje, as filhas de Dona Didi continuam a participar dos grandes acontecimentos na família baiana. Há poucos dias nasceu a filhinha da psicóloga Carol, casada com o Daniel. Assim cinco gerações de mulheres puderam ser fotografadas!
Clélia e Sônia já visitaram a pequena Manuela e Aleixo e eu estamos nos programando para fazê-lo em breve.