sexta-feira, 4 de outubro de 2013

DESABAFO ANÔNIMO




Dona Didi, filhas e neta Paulinha
“Irmãos,

Nunca pensei que pudesse escrever este e-mail em relação ao CEIC. Sei que a minha opinião é irrelevante e que não representa a opinião de outras pessoas, entretanto, pela abertura que sempre tivemos desde o início dos nossos estudos mediúnicos, gostaria que emiti-la.

Não sei exatamente as causas de todas as mudanças que têm ocorrido no Centro, o que sinto é um sentimento de tristeza em relação a isto. 
Dona Didi e familiares, 1993.
epois de ver tantas pessoas se sentindo compreendidas, acolhidas, esclarecidas e tendo as suas dores aliviadas no nosso Centro, estou meio chocada com a decisão de interromper parte dos trabalhos que realizamos.

Acho estranho nós conversarmos sobre a responsabilidade do médium em relação ao Centro, em relação à espiritualidade maior, às pessoas que atendemos e, principalmente, em relação à nossa evolução espiritual e, simplesmente, ocorrer uma interrupção nestas ações que tanto nos auxiliam e auxiliam outras pessoas.

Fábia, Alex, Regi,Lei, Nicéia, Sara, Sonia
Não acho razoável que todos sofram as consequências de um desentendimento. Aliás, nós estudamos e lemos em várias obras, o quanto precisamos conter certas atitudes, pensamentos e características que todos possuímos. Parece-me que todos estes ensinamentos estão sendo deixados de lado e que não estamos aplicando aquilo que repassamos como ensinamento.

O que eu acho mais insensato é perceber que não estamos deixando de fazer estas ações por falta de comprometimento e boa vontade de todos nós, estas ações não serão executadas por motivo arbitrário. 
Abadio e Regina, 2012.
Pelo que estudei e, muito, pelo que aprendi no CEIC, uma casa espírita é algo muito maior do que a estrutura física, os médiuns que trabalham na casa e os consulentes que a frequentam. Pergunto-me se tudo isso deve ser colocado em segundo plano em razão de um desentendimento. Por pior que este tenha sido é necessário conversar a respeito e lembrar que todos nós temos um papel importante diante da responsabilidade que assumimos. Ninguém está imune ao erro, ninguém é tão perfeito que não contenha resquícios de orgulho e egoísmo.

Antiga sede do CEIC.
Se existem arestas a serem aparadas no CEIC, que isto seja feito de forma madura, coerente com o que repassamos aos que frequentam a casa. Mas, por favor, vamos repensar os rumos que esta situação tem levado ao nosso querido Centro. O objetivo de todos nós é crescer espiritualmente, é aliviar a dor e a dúvida do próximo, é matar a fome física e espiritual, é devolver ao ser humano a fé que muitas vezes ele perde, enquanto tenta superar os desafios da vida.

Crianças na Creche do CEIC
Todos nós temos uma responsabilidade muito grande em relação ao compromisso que assumimos. Mesmo que ainda não façamos parte do corpo mediúnico, ou que ainda não nos decidimos quanto a esta questão, já temos uma responsabilidade grande. O mundo precisa de pessoas que sintam vontade de se melhorar e que auxiliem quem desejar seguir o mesmo caminho. Nós somos exemplo para muitas pessoas.

Constrói-se uma edificação segura e firme com o auxílio de todos os tijolos, cimento, areia e água. O CEIC é o CEIC, porque cada um dos seus integrantes está lá e contribui, à sua maneira, com todo o trabalho que desenvolvemos. 
Didi e filhos, 1998.
Não vamos deixar que toda esta construção seja prejudicada... Nós fazemos parte de um alicerce muito maior!

Espero que esta situação se resolva o quanto antes e que em breve nós possamos retornar às nossas atividades, prestando e recebendo este maravilhoso auxílio, não nos esquecendo de que somos um instrumento, que reencarnamos com o compromisso de ajudar ao próximo, de nos melhorar enquanto irmãos.

Que a Espiritualidade maior possa iluminar os caminhos do CEIC, iluminar a consciência da nossa direção e aquietar os corações mais inflamados. Vibremos todos por isso...

Com afeto...”

Esclareço que o texto não é meu e desconheço a sua autoria, mas  resolvi postá-lo no Blog da Dona Didi, porque constitui uma ótima reflexão para o momento que vivemos.Regina