sábado, 31 de março de 2012

DEPOIMENTO DA NETA RENATA MARINS


Neta Renata  com os bisnetos
de Dona Didi: Rafael e Ma Vitória.
Renata Carolina de Araújo Marins Peixoto é a filha da gêmea Luiza e neta de Dona Didi. Segundo seu depoimento, Dona Didi foi também sua mãe, além de avó e seu exemplo de vida.



Sempre me lembrei da minha avó como uma pessoa muito querida e respeitada. Quando eu a descrevo, sempre digo, quando eu era criança e andava com a minha avó no centro de Goiânia, não podíamos andar mais de cinco minutos sem que alguém nos parasse. Ela era para mim e muitos outros um ícone, e, para uma criança da minha idade naquele tempo, ela era a minha heroína.

Netos da Dona Didi, na Creche. Renata é
a primeira menininha de rosa à esquerda.
Eu me sentia completamente protegida quanto estava ao seu lado. Gostava de vê-la como o centro da família! Ela tinha a capacidade de unir todos os membros da família de um modo único, incomparável.

Sempre senti uma forte conexão com ela, uma coisa quase inexplicável. Eu não consigo colocar em palavras todo o sentimento e a emoção que a sua lembrança me traz.


Luiza, Renata e crianças: Angelo,
Rafael e Maria Victoria.
Já passei por muitas provações na minha vida, mas sou a pessoa que eu sou, devido ao apoio e ao amor incondicional de dona Geraldina. Aliás, minha querida avó, mãe da minha mâe, dos tios e das tias, além de mãe de tantas pessoas!  Didi,  a companheira,  a amiga genuína, sempre se esforçando para dar o melhor de si em benefício dos outros!

Para mim, vovó Didi foi a minha maior lição de vida! E sou grata por ter tido o privilégio de ser sua neta e poder ter convivido com ela!

Desde que me percebi como pessoa, ela me ensinou a ajudar o próximo. Seu exemplo de doação era incrível! Eu me lembro de ela me induzir a levar os brinquedos de que não precisava para a creche que ela fundou junto com os seus irmãos do caminho.

Prima Paula e Renata.
Inexperiente, eu ainda não entendia bem o valor do que ela me transmitia. Realizava tudo sem o menor reconhecimento da grandeza do aprendizado que, mesmo tão jovem, eu recebia. Eu, hoje, posso dizer e me orgulho ao fazê-lo de que sou a pessoa que sou por causa dela, minha querida e amada vovó Didi.

Há muito tempo prometi a Tia Regina um depoimento para o blog de minha avó e nunca encontrei maneira de expressar o que realmente sinto.

Didi na Creche Casa do Caminho.
Hoje, fui escrevendo o que pensava e sentia com a minha limitação da língua portuguesa, depois de viver mais de duas décadas no exterior.

Sempre achei difícil me expressar sobre ela. Não encontro palavras que cheguem ao alcance do meu sentimento. Minha avó sempre será a pessoa mais importante em minha vida! Sei que, onde ela se encontra, ela continua velando por todos os seus filhos de amor!