sexta-feira, 20 de abril de 2012

TEMPO DE PRECE

Minha mãe  - Didi - e sua neta Fábia, 1992.
Nestes últimos dias, sinto-me bastante cansada e tenho necessidade de oração. Muitas vezes tenho percebido a presença de minha mãe e imagino que ela interceda por sua família espiritual. Creio que tem a ver com o período de transição por que passamos na terra. Não sei como expressar o que sinto e opto por me calar e permanecer na Shamballa.

Acabei arranjando uma crise alérgica e comecei a sentir cheiro de mofo por toda a casa. A chuva permanece, temos muitas árvores grandes ao redor e, consequentemente, mais umidade em nosso espaço. Mas desde ontem, melhorei um pouco! Há quatro dias tento marcar uma consulta com nosso querido Doutor Imar, mas a procura é muito maior que a oferta e até agora não tive sorte!

Marco Antonio e Ione Araujo, Rib. Preto.
Este momento por que o planeta passa me atinge bastante e preciso da oração. Reitero que sempre fiz uso da prece como alimento espiritual. É uma necessidade própria de meu espírito. Agradeço ao cósmico deter um pouco de fé. Essa me sustentou nos momentos de crise da existência. Para mim, a prece é uma espécie de conversa mental que mantenho com a energia divina, independente do nome que cada religião lhe dá.

Quando o místico ora, ele sabe que sua prece não opera modificações na Lei, que é imutável; altera-nos, contudo, o mundo íntimo, que se energiza beneficamente, de forma a enfrentarmos com mais força as provas, que se atenuam ao influxo da comunhão com o mundo espiritual superior.

Aleixo, Angelo, Victoria e Rafael, na Holanda,
set. 2010.
Um homem, ao subir uma montanha, sente-se vencido pelo cansaço, pelo suor, pela exaustão, pela fome; para, por alguns minutos, à sombra generosa de uma árvore. Depois, retoma a caminhada, já fortalecido após o pequeno descanso. A prece, como alimento espiritual, produz efeito semelhante.

Quando as provas do mundo ameaçam a estabilidade espiritual, devemos buscar na prece a restauração de nossas energias, a fim de que refeitos, à maneira do homem da alegoria, prossigamos a caminhada. Roguemos a Deus valores eternos que se incorporem à nossa individualidade imperecível, de modo a superar, nas diversas frentes de experimentação a que nos conduz o esforço evolutivo.

Didi, Regina, filhos e sobrinhos, 1974.
Sei que a verdadeira prece não deve ser recitada, mas sentida. Não deve constituir apenas cômodo processo de movimentação de lábios, emoldurado por belas palavras, mas uma expressão de sentimento vivo, genuino, a fim de que realizemos legitima comunhão com a Espiritualidade Maior.

Orar em silêncio, no recesso do lar, é prática recomendada pelo Cristo, contrapondo-se à oração repetitiva, proferida com a intenção de que seja o ato observado por terceiros. Com a prece em conjunto, representando autêntica comunhão de propósitos, mais forças têm os homens para atrair a si as boas energias. É o que acontece quando a gente frequenta qualquer casa de oração!

Aleixo, Regina e netos: Matheus e Juju.
À medida que o homem evolui, ele consegue orar mais pelos semelhantes do que por si mesmo. Pensa muito mais nas necessidades alheias do que nos próprios interesses, embora reconheça suas necessidades e para elas rogue sempre o amparo divino. A prece por outrem dilata a capacidade de amar e servir, com a consequente redução dos impulsos egoísticos que tão alto ressoam em nosso mundo interno. Como reikiana, costumo enviar também reiki a distância a todos que se encontrem necessitados!

Símbolos usados por Dona Didi, no CEIC.
A bênção do amor de Deus chega até nós, os irmãos do caminho, por meio da prece! Essa, além de nos fortalecer o coração, amplia nossa visão espiritual com relação aos problemas do mundo, dos homens, da sociedade e das provas remissivas com que a Justiça Equânime nos reconduz ao Pai, pelas luminosas vias do progresso e da felicidade.