Dr. Bezerra de Menezes |
OS DISCÍPULOS DE JESUS
Meus filhos, que o Senhor nos abençoe!
O mesmo olhar melancólico com que contemplamos as lamentáveis
rivalidades que grassam no movimento espírita foram percebidas pelos divinos e
meigos olhos do Cristo.
As páginas do Evangelho estão repletas de circunstâncias, onde Nosso
Senhor Jesus era chamado a intervir nos ânimos acirrados, muitas vezes a
serviço do personalismo deprimente, dos ciúmes condenáveis, ou das disputas
inoportunas, tão próximas hoje da nossa realidade na condição de membros da
família espírita, que a serviço do amor que propõe semear, tantas vezes não se
despem dos sentimentos rasteiros que ainda nos caracterizam, apesar de nossas
aspirações na busca de alçar voos, culminando não só com o conhecimento de nós
mesmos, como também com a primordial função de autoconter-nos.
Tania, Alzira, Keila, Val, no CEIC. |
Duas personalidades, pilastras da Boa Nova, Jesus e João Batista, nos
dão lições inesquecíveis quanto ao devido comportamento a adotar , quando por
opção, ou seduzidos por vontades alheias, viermos a fomentar a repulsa íntima e
consequentes cisões. João Batista , quando comparado ao Messias, ou notificado
a respeito de seus feitos por parte de seus seguidores, movidos por
dissimuladas intenções, onde sobressaia a maledicência, se pronuncia com
extrema maturidade espiritual: “É necessário que Ele cresça e que eu diminua”
(João 3:30). E do outro lado, os discípulos de Jesus, quando pretendem
colocá-LO em semelhante circunstância, estabelecendo a atitude dos que tem
gosto por comparar a estatura espiritual dos outros, com denotada meiguice
assim enfatiza: “Dos nascidos de mulher, João Batista é o maior dentre eles”
(Mateus 11:11).
Dona Didi, 1980. |
Vemos filhos meus, duas almas valorosas se respeitando, reconhecendo
os adjetivos uma da outra, e ao mesmo tempo oferecendo material de reflexões
para os erros que estavam cometendo.
De nossa parte, que possamos facilitar o retorno de Nosso Senhor Jesus
na intimidade de nossos corações, todas as vezes que nossas atitudes não se
revelarem condizentes com os princípios que esposamos.
Que nossos corações se enterneçam perante os irmãos que muitas vezes,
usam da Doutrina Espírita para se promoverem, evidenciando o orgulho, a vaidade
ou o personalismo. Tenhamos compaixão dos que na seara espírita, muitas vezes
trajam vestes de Pilatos, indiferentes e ociosos, privando de sequer colaborar
com a propagação da verdade, no sentido de anular a safra do joio, na tentativa
de coibir a prosperarão e vingo do trigo que sacie a alma ignorante. Que
desperte em nós o sentimento de piedade, a postura de espíritas a serviço das
sombras que disseminam a discórdia no meio a que estão inseridos, seja usando
mal a caneta que empunham na elaboração de artigos que vaticinem a desunião, ou
usando o verbo como instrumento que fira.
Filhas gêmeas de Dona Didi. |
Que possamos nos recordar, meus filhos, que Jesus asseverou que seus
discípulos seriam reconhecidos por muito se amarem. E neste sentido, a par das
condutas que distanciam seus trabalhadores, que nos recordemos da postura dos
médiuns, que presentemente hoje se rivalizam e estabelecem lamentáveis
competições, e poucos dispostos se revelem a somar experiências e trocarem
ideias no sentido de aquisição mútua de aprendizados.
Este encontro meus filhos, que possa se repetir aproximando a família
espírita, patrocinando abençoadas tertúlias espirituais.
Que nos lembremos dos ensinamentos do Espírito de Verdade: “Amai-vos e
instrui-vos”.
Que nos instruamos reciprocamente sem os vestígios do orgulho que nos
distancia e nos coloca em pedestais frágeis e sem base.
Que Jesus, Nosso Senhor, nos ilumine, hoje quanto sempre!
BEZERRA (Página psicografada pelo médium Alaor Borges Jr., no III
FÓRUM DA MEDIUNIDADE, na tarde do dia 15/11/2013, no Centro Espírita
Uberabense, na cidade de Uberaba-MG)
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