Aconteça o que acontecer, a Lei Cósmica estará sempre se cumprindo de maneira correta e justa em nossa vida, em consonância com a verdade.
Minha mãe gostava de costurar e comprava aviamentos nas lojas dos turcos, na rua 4, como chamávamos, então, aquele comércio a um quarteirão de nossa casa. Acompanhá-la nessas empreitadas constituía um passeio disputado pelas crianças a cada vez.
Didi, Tanit, Sônia, Deolinda, Mariazinha, Leandro, no CEIC. |
Mantínhamos muito contato com nossas tias, as suas primas e irmãs de criação – Hilda e Agda. Tia Hilda e Tio Adail tiveram cinco filhos que cresceram junto conosco, os primeiros cinco filhos de Dona Didi. Tia Agda e tio Daniel tiveram apenas quatro, mas convivemos apenas com os dois mais velhos, porque ela espaçou bastante uma gravidez da outra. Nós adorávamos essa convivência, extremamente animada, em razão de tantas crianças juntas.
Nos finais de semana costumávamos fazer os passeios ao campo, conforme relatei anteriormente. Meus pais faziam questão de manter uma chácara ou fazendinha, mas dificilmente dormíamos lá. Acho que minha mãe era urbana, apesar de se sentir atraída pela zona rural e a fartura de uma fazenda. Durante alguns anos tivemos uma propriedade à beira do Rio João Leite, próximo a Nerópolis, cerca de uns 20 quilômetros de Goiânia. Lembro-me de que eram dois sítios juntos com 6 e 8 alqueires especificamente. Em uma dessas partes havia uma pequena plantação de café com 18.000 pés, creio.
Dona Didi em viagem à Holanda, 1989. |
Recordo-me de dois episódios daquela época. Um dos caseiros tinha vários filhos e minha mãe era madrinha de quase todos que iam nascendo a cada ano. Meus pais sempre foram bons com os empregados. Além do salário justo, presenteavam-nos com remédios, roupas, brinquedos e material escolar para as crianças, sobretudo. Eles podiam usar tudo na propriedade, criar galinhas, porcos. Tinham leite e queijo à vontade. Minha mãe trazia dois queijos a cada final de semana para nosso consumo. Engraçado era que era ela que cozinhava para todo mundo nessas ocasiões. Os caseiros todos se beneficiavam de seus saborosos almoços domingueiros!
Uma vez, a caseira e comadre de minha mãe, a esposa do Albertino, lhe disse que as vacas estavam fazendo greve e não havia queijo aquele dia. Uma das crianças presentes ouvia em silêncio. De repente, ela abriu o armário na vista de todos e o mostrou abarrotado de queijos! Ficaram todos constrangidos! Imagino como aquela criança deve ter sido castigada por sua franqueza infantil ainda sem máscaras.
Outra vez, fomos a uma fazenda onde havia muitos cavalos e resolvemos montar. Saímos em disparada e a Bené ficou dependurada num galho mais baixo de uma árvore. Nós ríamos muito enquanto o cavalo fugia em disparado protesto contra aqueles pré-adolescentes malucos!
Minha mãe costumava dizer que todos nós estamos fadados a evoluir e esta é a lei de Deus! Uns caminham à frente, outros vêm mais atrás, mas todos nós, um dia, chegaremos lá! Afinal, temos a eternidade!
Me lembro de uma vez que fomos fazer um piquenique a beira do Rio João Leite, e a mamãe que não sabia nadar e morria de medo de agua, de repente, foi nadando ate o meio do rio...todos nos, ficamos impressionados e batíamos palmas, mas não sabiamos o que de fato estava ocorrendo...contou mamãe depois, que o "Pantera", entidade que ela recebia, incorporado nela, a levou ate o meio do rio, e lá, deixou o corpo dela. Mamãe qdo percebeu que estava no meio do rio, e que não sabia nadar, gritou e o Pantera disse a ela que era mais uma prova da espiritualidade para os questionamentos dela e voltou a incorporar nela, e a levou de volta para a margem....
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