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Jenecy, Air e Janete, 20.04.2013. |
Um misto de
sentimentos
nos permeia o
coração nesse
momento:
profunda
tristeza,
desilusão,
desapontamento.
Quando
procuramos uma
Casa de Oração
para
trabalharmos
na Seara do
Bem,
acreditamos
que nela,
diferentemente
das
dificuldades e
problemas que
vivenciamos em
nosso dia a
dia,
encontraremos
harmonia,
incentivo,
motivação e
companheirismo.
E
chegamos até
os “Irmãos do
Caminho”, onde
fomos
acolhidos e
que nos
fizeram
acreditar que
teríamos
encontrado o
nosso eixo na
Terra, lugar
onde
aprenderíamos
a diminuir
nossas mazelas
e a nos
equilibrar,
enfim, nos
tornarmos
pessoas
melhores. Aqui
fizemos o
nosso
compromisso de
auxiliar,
amparar,
compreender o
próximo sem
julgá-lo e sem
esperar
retribuição,
com base nos
ensinamentos
do nosso
Mestre Jesus.
E ao nosso
Mestre,
recorro neste
instante, para
nos recordar
mais uma de
suas lições:
|
Crianças na Creche Casa do Caminho |
Encontravam-se os
discípulos
reunidos
discutindo
quem deveria
substituir
Jesus quando
ele se fosse,
qual deles
seria o
melhor. E
Jesus, qual um
servo da
época, colocou
uma toalha na
cintura e
pôs-se a lavar
os pés dos
apóstolos e
lhes disse:
“Quem quiser
ser o maior,
sirva os
outros, porque
o maior é
sempre aquele
que serve
mais.”
E nos deixou além
dessa lição,
várias outras
que não foram
entendidas por
nós, pois
bastou que ele
retornasse à
pátria
espiritual,
para que os
cristãos
começassem a
brigar pela
Terra Santa! E
a humanidade
já presenciou
imensas
atrocidades,
nunca antes
vista, em nome
de Deus e de
Jesus! Tomadas
as devidas
proporções, é
exatamente o
que
presenciamos
nos dias de
hoje no nosso
Centro
Espiritualista,
a briga pela
Terra Santa!
|
Air, Didi e Sonia. |
Há cerca de dois meses,
o coordenador
mediúnico do
Centro, Luis
Fernando,
convocou uma
reunião, e com
um tom ríspido
e severo, de
forma
veementemente
dura, imputou
ao presidente,
o Sr. Air, o
acometimento
de uma falta
de respeito ao
nosso
regulamento,
que proíbe que
pessoas da
assistência
ministrem o
passe, assim,
como também,
os médiuns do
Irmãos Caminho
sejam médiuns
em outras
Casas.
Tal
quebra a um
dos principais
deveres a nós
impostos
teria
ocorrido, no
momento em que
ele teria
colocado sua
esposa como
passista,
sendo ela da
assistência,
sem o uso do
uniforme e ser
presidente de
outra Casa.
Disse ele, que,
em função do
cargo de
coordenador
mediúnico,
teria
atribuição e
responsabilidade
para apontar
tal erro,
posto que,
inclusive,
vinha
enfrentando
várias
dificuldades
para
administrar a
disciplina aos
médiuns e que
não teria como
cobrar nada se
o próprio
presidente não
fosse um
exemplo e que,
o que cabe a
um, deveria
servir para
todos, até
para ele.
Alegou também,
que a sua
atitude em
levar essa
questão ao
conhecimento
geral e não
tê-lo
conversado em
particular
seria porque o
presidente
estaria
incorrendo no
mesmo erro
pela terceira
vez. Que a sua
inobservância
ao regulamento
teria sido
causa de
enormes
desequilíbrios
no passado,
citando os
nomes de
alguns médiuns
que já
trabalham na
Casa e que
trouxeram
muita
desarmonia,
motivados,
disse ele,
pela
indisciplina
do presidente.
Terminada toda
a explanação
exaltada do
médium Luis
Fernando,
ouvidos os
presentes, e o
presidente, em
nenhum momento
demonstrou
rispidez ou
descontrole,
com a fala
mansa e calma
que lhe é
própria, pediu
então ao irmão
Luis Fernando,
que já que
tinha apontado
tantos
problemas em
sua gestão,
trouxesse
posteriormente,
as soluções.
E começamos um
trabalho
espiritual, no
qual uma
entidade, uma
|
Neusa e Edy de Simone Machado |
das escoras da
Casa, se
manifestando
repetiu: “Eu
derrubo um a
um aqui, mas
não deixo essa
Casa cair,
pois se ela
cai, eu não
subo!”
(palavras que
dão medo, pois
sabemos que
somos cobrados
mesmo pelo mal
que causamos,
e quem não
acredita
nisso, com o
perdão da
observação,
não deveria se
dizer médium
de Umbanda).
Disse que
faria um
trabalho para
trazer de
volta a
harmonia,
pedindo, então,
que a Senhora
Janete
saudasse a
estrela da
Casa como
sinal de
respeito às
entidades que
lá trabalham
(hábito que
todos nós
médiuns que
trabalhamos
temos, ao
entrar e sair
daquele
terreiro), mas
ela,
humildemente,
se recusou.
Naquele
momento, ficou
claro para nós
que a Irmã
Janete (que
sem a menor
sombra de
dúvida é uma
enorme
colaboradora
de nosso
Centro, sendo
sempre muito
solícita e
afetuosa com
todos nós, de
uma reputação
e caráter
ilibados) não
poderia ter
trabalhado
mediunicamente
na Casa.
E,
assim,
conforme fora
solicitado
pelo
Presidente, em
uma nova
reunião, o
Coordenador
Mediúnico
trouxe várias
propostas para
melhorar a
frequência e o
andamento dos
trabalhos.
Propostas
essas
formuladas
através do que
ele, Luis
Fernando,
havia ouvido
como
solicitação
dos próprios
médiuns.
Ouviu-se,
então, um a
um, cada qual
levantando o
seu ponto de
vista.
Marcou-se uma
nova reunião
onde foram
votados
quesito por
quesito.
Até este momento, o
Sr Air, apesar
de
visivelmente
abatido e
|
Entrevista de Jenecy, 2011. |
calado, havia
demonstrado
total lisura
de caráter e
resignação,
elementos
admirados por
todos nós, que
tínhamos nele
muito mais do
que um simples
presidente
eleito, e sim,
um líder, um
pai que
auxiliava seus
filhos na
difícil
caminhada do
bem, nos
ensinando o
que é certo e
o que é melhor
a fazer.
Quando foram
estabelecidas
as votações e
na medida em
que as
propostas do
Presidente
foram sendo
recusadas
pelos médiuns,
este começou a
se portar de
maneira
impaciente e
contrariada e,
dai por
diante, foi
nos dando
mostras de um
perfil cada
vez mais
desconhecido
por nós.
Cabe
ressaltar com
a devida
importância,
que ao nos
colocarmos
favoráveis às
questões
levantadas
pelo
Coordenador
Mediúnico, que
iam em
desacordo com
as vontades do
Presidente,
não nos
colocamos em
hipótese
alguma a favor
do médium Luis
Fernando e
contra o Sr.
Air. Essa
nunca foi a
intenção de
nenhum de nós,
porque
estávamos
todos a favor
do que
acreditávamos
ser melhor
para a Casa,
daquilo que
seria mais
fácil para nós
como médiuns,
para que
pudéssemos
melhorar a
nossa
frequência
(mudança no
horário das
sessões), ou
fomentar a
nossa
motivação
(aprimorar os
nossos
trabalhos na
linha da
Umbanda). Até
porque,
não fizemos o
nosso
compromisso
mediúnico com
o Sr. Air ou
com o Luis
Fernando, mas,
fizemos, sim, o
nosso
compromisso
com os nossos
guias e com a
espiritualidade
que
rege a Casa.
Mas,
infelizmente,
não foi este o
entendimento
de nosso
Presidente.
Sentindo-se
ofendido
em sua moral,
o Sr Air
deixou que a
mágoa e o
orgulho
falassem mais
alto. Após o
último dia dos
médiuns, foi
convocada uma
reunião
secreta,
somente com a
“Diretoria” do
CEIC, na qual
fora nomeada
como Primeira
Secretaria, a
médium Sra.
Denise Silva,
sendo esse o
primeiro
equívoco
jurídico entre
tantos fatos
lamentáveis.
Reza o
nosso
Estatuto, em
seu Capitulo
IV Da
Assembleia, em
seu
|
Dona Didi, Tanit e Clélia. |
art. 24,
§1°, inciso I,
abaixo
transcritos:
Art.24°. A
assembleia
Geral
reunir-se a
Ordinária e
Extraordinariamente,
devendo ser
respeitadas e
cumpridas as
deliberações
que tomar
dentro dos
limites da sua
competência,
observadas as
normas legais.
§1°- Ordinariamente-
A Assembleia
Geral,
reunir-se a em
qualquer dos
quatros
primeiros
meses
subsequentes
ao término do
exercício
social, para:
I- Eleger e dar
posse à
Diretoria e ao
Conselho;
Sendo
omisso ao
Estatuto ao
que tange a
nomeação de
outra pessoa
para cargo
vago na
Diretoria, no
direito, em
caso da não
existência da
norma
específica,
segue-se a
regra geral,
dado isso,
pois, se
faria
necessário, a
convocação da
Assembleia
Geral para a
escolha de uma
nova Primeira
Secretaria.
O fim
dessa reunião
era para
deliberar e
decidir sobre
a expulsão do
irmão Luis
Fernando do
quadro
mediúnico do
Centro, sob a
acusação de
ofensas
gravíssimas
quanto ao seu
caráter e
idoneidade
moral, em sua
vida privada
(acusações as
quais se
enquadram
perfeitamente
nos tipos
legais de
calúnia e
difamação),
configurando-se
aí o segundo
equivoco
jurídico.
Conforme
o
Estatuto, em
seu Cáp. 24°,
§1°, IV
IV- Admissão,
demissão e
exclusão dos
associados.
Ocorrendo a
exclusão dos
associados,
caberá recurso
a Assembleia
Geral.
Consoante
ao acima
elucubrado,
seria, pois,
também
necessária a
convocação de
Assembleia
Geral para tal
fim.
Porem,
a questão é
muito mais
grave, pois o
que chamamos
de equivoco
jurídico, sob
a ótica da
caridade, da
solidariedade,
da humanidade
(razões que
nos fizeram
congregar
nessa casa), a
expulsão de
uma pessoa de
um Centro
Espiritualista
é no mínimo,
uma aberração
moral! Onde já
se viu
expulsar
alguém de uma
Casa de
Oração?
Mais
uma vez,
recorro aos
ensinamentos
de Nosso
Mestre Jesus:
|
Air e Regina, 2009. |
“E se alguém quer
vos
constranger a
fazer mil
passos com
ele, fazei
ainda dois
mil.”
“Se não amardes
senão àqueles
que vos amam,
que
reconhecimento
nisso tereis,
uma vez que as
pessoas de má
vida amam
também aqueles
que as amam?”
“Senhor, quantas
vezes
perdoarei o
meu irmão,
quando ele
houver pecado
contra mim?
Será ate sete
vezes? – Jesus
respondeu: Eu
não vos digo
sete vezes,
mas até
setenta vezes
sete vezes.”
“ Não julgueis, a
fim de vós
também não
serdes
julgados.”
Sendo
infrutífera a
primeira
reunião para a
expulsão do
médium Luis
Fernando,
marcou-se uma
segunda
reunião da
“Diretoria” e,
aí, neste
momento, foi
presenciado o
momento mais
triste e nunca
antes sonhado
de se ocorrer
dentro de uma
Casa de
Oração, era a
vitória das
Trevas diante
da Luz. Irmãos
se
digladiando,
se ofendendo,
o ápice, o
cume do
desrespeito a
todos os
ensinamentos
de Jesus. E
durante este
momento
fúnebre, o
Presidente
postou-se de
forma fria,
calculista e
indiferente,
não sendo
capaz de
esboçar
nenhuma reação
para apaziguar
tal cena
dantesca.
|
Zuleica Pires, no CEIC. |
A
partir dessa
reunião
partiu-se uma
sucessão de
outras
decisões
arbitrárias e
insensatas,
que culminaram
na proibição
de proferir
palestras
pelos médiuns
Luis Fernando,
Adriano,
Luciana e
Guto.
Diante
de tal
situação e
pela total
intransigência
do Presidente
em rever suas
decisões
pessoais, a
vice-presidente
Dona Jenecy,
nosso último
pilar de
sensatez e
nossa última
esperança de
termos a
volta da paz e
da harmonia em
nossa Casa,
pediu
afastamento.
Motivada,
dentre outros
fatores, pela
forma
desrespeitosa
com que foi
tratada na
reunião e
pelas decisões
arbitrárias
tomadas pelo
Presidente, sem
que ela fosse
consultada, o
que seria
estritamente
necessário,
sendo ela a
vice-presidente,
além, evidente,
do alcance de
decisões tão
graves.
Proibido
de
fazer
palestras e
ministrar suas
aulas na Casa
que tanto ama,
o médium
Adriano pediu
desligamento.
Trata-se de
uma pessoa
ímpar na vida
de cada um de
nós, de todos
os
consulentes,
de todos os
alunos que por
ele passaram
durante os 15
anos
ininterruptos
de trabalho no
CEIC.
|
Alzira e Regina, 2010. |
Em mais
uma atitude
deplorável, o
presidente
decide trocar
todas as
fechaduras das
portas do
CEIC. Tal
atitude vem
corroborar com
a clara ideia
de que o
Centro
Espiritualista
Irmãos do
Caminho é um
bem particular
do Presidente,
onde só o dono
possui as
chaves,
demonstrando
assim o
seu claro
desprezo e
desconfiança
quanto à
idoneidade
moral dos
médiuns que a
possuíam. Não
obstante, é
importante
relembrar que
as cópias que
foram
entregues aos
médiuns, esses as
utilizavam para
trabalhar e
fazer muita
caridade.
Nunca existiu
qualquer outro
intuito, não
podendo ser
equiparados a
marginais ou
vândalos. Se
para o
Presidente é
tão importante
o domínio do
espaço físico
da casa, então,
bastava que
fosse pedida a
sua devolução,
que todos as
entregariam de
bom grado.
|
Folheto da Creche Casa d Caminho |
Todos
os trabalhos
na linha da
Umbanda foram
paralisados.
Centenas de
encarnados e
milhares de
desencarnados
estão
impossibilitados
de receber
assistência
dos nossos
guias e
falanges do
bem que estão
lá, nos
esperando para
trabalhar.
Os
grupos de
estudos foram
suspensos (e
todos nós
sabemos da
importância
desse
aprendizado na
vida dessas
pessoas).
O GEAS
foi
interrompido,
instituições
como o
Batuíra,
ASCEP, Solar
Colombino,
entre outras,
deixaram de
receber a
nossa
assistência e
nós perdemos a
grande
oportunidade
de ajudá-los.
Cabe ressaltar
que, esses
grupos jamais
estiveram tão
bem, tão
organizados e
estruturados,
com tanta
assiduidade e
participação.
É todo um
imenso
trabalho
caritativo
jogado fora!
Em
virtude da
vaidade
humana, da
satisfação de
desejos
pessoais, não
estamos
ouvindo a
Espiritualidade!
Como pode,
dentro de uma
casa
espiritualista,
dentro de um
terreiro de
Umbanda,
deixar de
ouvi-la? Como
pode a
“Diretoria”
tomar decisões
tão sérias e
graves sem
deixar que a
Espiritualidade
se
manifestasse?
Sem um
trabalho com
nossos Guias e
Mentores? Será
que a nossa
mediunidade é
só enfeite
para encher os
olhos de quem
vai àquela
linda Casa de
Oração?
|
Dona Didi e filha |
Quer
dizer que
estamos ali
trabalhando
todos os dias,
dizendo às
pessoas que a
Espiritualidade
vai
amparar,
proteger e
aconselhá-las,
que vai fazer
a limpeza
necessária e
encaminhar os
irmãos
desencarnados
que as estão
obsediando; e
quando nós é
que estamos
precisando,
vamos
dar as costas
a essa
Espiritualidade
de Luz como se
ela não
existisse?
Como se não
fosse ela
realmente quem
comanda os
trabalhos
desenvolvidos
pelo Centro?
Como se
explica isto?
Não
estamos aqui
julgando a
pessoa do
Presidente,
que é um ser
humano e como
um ser humano
também tem
direito a
falhas e
tropeços, pois
errar todos
nós podemos
errar, mas é
insensatez e
fé cega apoiar
erros como os
que estão
sendo
cometidos.
Mais uma vez,
chamamos à
luz, os
ensinamentos
do Mestre
Jesus, que
diante da
mulher
adúltera
disse:
|
Folheto da Casa de Apoio do CEIC |
“Que aquele dentre
vos que
estiver sem
pecado, lhe
atire a
primeira
pedra.” E não
ficou um, só
ele e a
mulher, e ela
se aproximando
dele, sabendo
que estava
diante de um
ser puro,
pensou que ele
ia a condenar,
e ele nos
deixou mais
uma de suas
grandiosas
lições:” Eu
também não a
condeno, vá e
não peques
mais para que
não te suceda
coisa pior.”
Se o
próprio Mestre
Jesus não
condenou, quem
de nós tem
condição moral
para julgar ou
condenar
alguém?
O nosso
intuito com
essas palavras
é de elucidar
a verdade dos
fatos de forma
isenta, e
acima de tudo,
solicitar aos
nossos
dirigentes o
uso da razão e
do bom senso,
respeitando os
preceitos da
ética e da
moral Cristã,
sem
esquecer-se
também do
devido
respeito às
regras
estatutárias e
legais que
regem a Casa.
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