domingo, 13 de outubro de 2013

REFLEXÃO




Regina, 2013.
Sabemos que a reencarnação nada mais é do que uma nova oportunidade oferecida por Deus a todos os espíritos. Nós vamos passando pelas provas das reencarnações tantas quantas vezes forem necessárias, até que atinjamos a condição de espíritos puros. É confortável saber que nós nos aprimoramos por meio da multiplicidade da existência. Então, como devemos agir quando formos julgar alguém, como espíritas que somos?

Meus pais, Didi e José Araújo
O nosso modelo é Jesus Cristo, de acordo com o Livro dos Espíritos, em sua questão 625, o Espírito mais perfeito que já esteve encarnado na Terra, entre nós, exatamente para servir de exemplo e guia para toda a Humanidade.

A moral cristã está centrada em um núcleo de amor, ao redor do qual gravitam virtudes essenciais que, se conseguidas, levam inevitavelmente à fraternidade e à paz de espírito. Esta mesma moral nos orienta: devemos ser humildes, porque com humildade saberemos relevar as dificuldades e aflições dos outros; perdoar as ofensas, porque aquele que perdoa, se eleva, implantando o reino da harmonia; devemos ser caridosos, preocupados com o bem-estar alheio, como se fosse o nosso. Pois, quando é para
Didi e Bruno, 1970.
conosco ou para alguns dos nossos, é este o tratamento que desejamos e que pedimos seja dispensado a nós. Então, por que não para o próximo?

A moral de Jesus, assim, se resume na caridade e na humildade, ou seja, nas duas virtudes contrárias ao egoísmo e ao orgulho. Em todos os seus ensinos, ele aponta essas duas virtudes como sendo as que conduzem à eterna felicidade. Orgulho e egoísmo, eis o que o Mestre não se cansa de combater. E não se limita a recomendar a caridade,  mas a coloca  claramente e em termos explícitos como condição absoluta da felicidade futura.

Didi na Creche, 1984.
Daí, por que encontraremos no Evangelho Segundo o Espiritismo, palavras do Espírito de Verdade: “espíritas: amai-vos, eis o primeiro ensinamento; instruí-vos, eis o segundo”. Porque a Doutrina Espírita nos trará as orientações que vão nos indicar os melhores caminhos para se chegar à condição necessária.

Mas, à frente, encontraremos a sublime orientação: “fora da Caridade não há salvação”. E essa salvação a que se refere o Evangelho não é apenas para depois, ela pode começar agora, desde que nós tenhamos vontade de exercitá-la.

Didi, 83, pouco antes do desencarne
Sendo caridosos e humildes estaremos vivenciando o Cristianismo no seu sentido mais amplo que é a prática da lei do amor. A prática da caridade significa benevolência para com todos, indulgência para com as imperfeições dos outros e perdão das ofensas.

Em qualquer agrupamento humano, em qualquer associação sempre haverá divergências! Isso é saudável, porque ainda somos muito imperfeitos. E a maturidade espiritual que buscamos indica que devemos aprender a conviver em qualquer ambiente e não fugir dos conflitos, pois buscar administrá-los faz parte de nossa evolução. A transparência é necessária, por isso o anonimato deve ser evitado. E como seres civilizados, sobretudo, como aspirantes a espiritualistas, devemos buscar superar quaisquer divergências por meio do diálogo!

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