DEPOIMENTO DE JENECY SOBRE A DONA DIDI
Eu não me lembro do ano certo em que conheci na Dª Didi. Foi no início da década de 60. Meus pais, Capitão Jurandir e Dª Deolinda já freqüentavam o Irmãos do Caminho desde 1962, cuja sede era na Rua 8 ”A”. Eles moravam na esquina, bem vizinhos do centro. Eles tinham verdadeira admiração pela Dª Didi, tanto pelo trabalho desenvolvido como médium, como pela sua pessoa expressiva, encantadora.
Comecei a freqüentar o centro e levava meus filhos pequenos. Um dia, o mentor me convidou a vestir branco e desde então nunca mais desisti de me tornar uma verdadeira espírita. Nesta época o senhor José Araújo, fundador da instituição e marido de Dª Didi vivia muito doente, mas mesmo assim a Dona Didi nunca faltava a uma sessão e tinha o maior respeito pela espiritualidade. Esta era a sua conduta. Sua dedicação era incrível. Dona Didi era muito alegre, expansiva. Como médium foi insuperável. Todas as demonstrações de sua mediunidade foram indescritíveis.
Assisti a várias vivências de sua mediunidade. Inclusive cirurgias feitas pelo espírito do Dr. Fritz. Lembro especialmente de uma cirurgia em que uma válvula foi substituída. Lembro-me também dos trabalhos de materialização. Uma vez uma senhora chamada Helena teve um tumor extraído de sua cabeça sob o olhar de todos os presentes.
Assisti a várias vivências de sua mediunidade. Inclusive cirurgias feitas pelo espírito do Dr. Fritz. Lembro especialmente de uma cirurgia em que uma válvula foi substituída. Lembro-me também dos trabalhos de materialização. Uma vez uma senhora chamada Helena teve um tumor extraído de sua cabeça sob o olhar de todos os presentes.
Minha irmã Jeneri naquela época teve um veículo roubado. Era uma Rural Willys e rezaram muito para recuperar o veículo. Sendo bem sucedidas as buscas, foram levar uma oferenda para a entidade que havia intercedido e lá a entidade - Pantera Negra - lhe pediu que deitasse no chão solicitando um lenço emprestado de seu cunhado. Dona Didi incorporada saiu e caminhou por alguns metros. Voltou com um ovo colhido no mato. Então, colocou o ovo sobre o lenço e, depois de orar, quebrou o ovo e mostrou o que foi retirado da Jeneri. Era o que perturbava a sua saúde e desde então ela nunca mais teve dores nas pernas de que se queixava sempre.
A construção da creche e da nova sede não foi obra fácil. Dona Didi foi um exemplo para nós na crença, na fé, na disciplina, no respeito à espiritualidade, no amor caridade. Tenho muito que agradecer a Deus por ter tido o privilégio de sua convivência cristã e aprendido com seu exemplo por mais de trinta anos.
Ela recebia e trabalhava com várias entidades. Mãe Francisca era uma entidade que vinha às sextas-feiras e costumava tratar as jovens com dificuldade de engravidar com garrafadas feitas de ervas naturais. Pude comprovar inúmeros casos muito bem sucedidos. Pantera era um chefe de terreiro de umbanda, muito imponente, seguro, franco, enérgico, sempre manteve a disciplina e a ordem.
Mestre Carlos vinha só em casos ligados à justiça. Muito educado, fino, impunha respeito com objetividade e segurança.
Ramayara vinha no mês que tinha cinco sextas-feiras. Era da linha do oriente, os médiuns eram selecionados, havia até um uniforme próprio para este dia. Em sua presença, a gente se sentia volitando, tão especial era a sua energia.
Havia muitas outras entidades que Dona Didi incorporava. Exu Gira-Mundo, Cosminho, da falange das crianças e inúmeros outros.
Seu trabalho em prol dos carentes foi insuperável. Durante anos a fio cuidava da creche, estando presente à chegada de cada criança diariamente. Para organizar eventos beneficentes distribuía as tarefas entre os médiuns e tudo sempre era coroado de sucesso e entusiasmo. Sua alegria e perseverança no trabalho contagiava quem a ajudava e todos trabalhavam com muito amor ao seu lado. Todo ano organizávamos o natal dos pobres. As famílias eram cadastradas e compareciam em data anterior ao natal para buscar as cestas de alimentos, as roupas, os brinquedos infantis.
Resumindo, sua mediunidade era incrível, foi uma médium de dedicação exacerbada e adorada pessoalmente por milhares de pessoas que buscavam a sua ajuda amorosa. Sua presença será sempre lembrada e sei que onde ela estiver deve continuar trabalhando em nome do bem e do amor cristão.
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