domingo, 27 de junho de 2010

Depoimento da Mariazinha sobre a Dona Didi


Conheci a Dona Didi em 1962, no CEIC, ainda no setor oeste, levada pela Dona Maria que freqüentava lá. Fui muito bem recebida pelo Sr. José Rosa, cambono. As reuniões aconteciam na terça, quinta e sábado. Pediram que eu levasse uma garrafinha de água para fluir e frenquentasse duas vezes por semana. Nunca mais deixei de freqüentar as terças e quintas.

A data em que vesti branco pela primeira vez coincidiu com a época em que Sr. José Rosa ia sair do centro e o senhor Dimas ia substituí-lo em suas funções de cambono. Foi difícil receber a ordem para vestir branco, freqüentei cerca de três anos até ter permissão para tal. Quando perguntava se podia vestir branco, ouvia a resposta do mentor da casa dizendo que ainda era cedo. Que eu teria uma missão a cumprir lá e estava sendo preparada para isso. Naquela noite fui chamada e autorizada a fazê-lo. A partir de então passei a ser a guardiã de nossa casa de oração (1965) e permaneci nessa função até fevereiro de 1997.



Eram médiuns da casa nessa época: Maria Lara, Benedita Pena, Elza Nazaré, Stela, Lúcia Verdussen, Dr. Arnaldo, Diula, Salvador, Bárbara, Abadio, Wilson Coelho, Nair Botelho e João Garcia, entre outros. Mais tarde os trabalhos passaram a ser realizados nas segundas, quartas e sextas feiras. Dª Agostinha, Benedita e Maria Máris vieram da Tenda do Caminho junto com Dª Didi.
No último domingo do mês havia a sessão do Cenáculo com a presença da presidente da Irradiação E. Cristã, Dª Maria Antonieta Alessandri. A psicografia era quinta à noite e eu freqüentava com a Dª Didi que era quem psicografava. Nossas atividades eram várias, junto com Dona Didi organizávamos rifas, jantares, almoços beneficentes; angariávamos fundos para as obras assistenciais e donativos para os pobres. Com o dinheiro arrecadado foi comprada uma chácara em Goianápolis onde pretendíamos construir um aprendizado agrícola. Depois o centro mudou para a Avenida Ricardo Paranhos, porque a sede da Rua 8 “A” estava pequena. Air e Sonia doaram o lote. Foi vendida a chácara e a antiga sede para a construção da atual sede.

Ramayara tinha reuniões esporádicas ao longo do ano. Era uma entidade especial, da linha do oriente.



Dr. Fritz dava receitas na primeira parte da quarta-feira e na segunda parte eram feitos tratamentos espirituais. Na última quarta do mês havia a reunião de materialização. Não havia substituto para Dª Didi nesta sessão, porque ela era a única médium preparada para esse tipo de efeito físico.


Dona Didi era especial. Sempre a respeitei muito, há pessoas em quem não consigo confiar, mas Dª Didi sempre me inspirou confiança como médium e como pessoa. Ela sempre me respeitou e foi muito bom trabalhar ao seu lado por tantas décadas. Um dia Dª Didi apareceu lá em casa obedecendo a ordens de Mãe Francisca. Eu estava muito chateada naquele momento. Outra vez o mentor me intuiu para que eu a procurasse e chegando lá ela me disse que já estava me esperando e inclusive preparava um bolo para mim.


O senhor José Araujo foi presidente do CEIC por vários anos e sempre assumiu apenas a parte material. Foi uma pessoa excelente, sério, responsável, honesto, admirado por todos que o conheceram. Ajudava muita gente. Faleceu em 67. A sede do primeiro centro foi construída com seus próprios recursos. Doente, freqüentou o centro enquanto conseguiu ir. Havia um colaborador, pai da Irmã Zuleika, - Dr. Célio. Ele costumava doar toda a sua aposentadoria para a manutenção da creche. Como eu tinha muitas obrigações como secretária do CEIC, além de guardiã, só ajudava a creche nos eventos.


Resumindo: Dª Didi nunca deixou de ir ao CEIC, nem por problemas de saúde em família. No dia 15 de junho, não permiti que ela fosse ao centro. Seu esposo por 30 anos havia desencarnado e ela pensava que não deveria faltar à sessão noturna. Para quem é espiritualista, deve lembrar que o Dr. Bezerra de Meneses contou que, uma vez, deixou um filho doente em casa, saiu escondido e ao voltar seu filho estava são. Assim agia a Dª Didi.

Um comentário:

  1. Regina, bom dia,

    Você fez um lindo trabalho pro blog da Dona Didi.

    E agora, cadê o seu? Você adorava escrever.

    Porque você não quer brindar seus amigos com o seu talento?

    Abração

    Giuseppe

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