quarta-feira, 29 de junho de 2011

HISTÓRIA DO ESPIRITSMO EM GOIÂNIA


Dona Didi e sua filha Clélia, 2001.
Segundo o espírita Moisés Dias da Silva, 90, o início do Espiritismo em Goiânia ocorreu em 1934, quando a nossa cidade ainda estava sendo construída. O Sr. Moisés relatou que um grupo de operários praticantes da doutrina espírita, utilizando tábuas, construiu singelo barracão às margens do Córrego Botafogo nas imediações do Setor Universitário.

Chegando ao conhecimento do Dr. Acenor Cupertino de Barros, que era espírita, este foi até a sede do Centro e ficou muito sensibilizado, dizendo para o presidente do Centro que iria conseguir com o Dr. Pedro Ludovico um terreno melhor para construírem um novo Centro. Tal fato se deu. O Centro foi construído na rua 3, no centro de Goiânia, onde estão hoje situadas as empresas Novo Mundo e Ricardo Eletro.


Centro Espírita Estudantes do Evangelho, em 1949.
Recebeu o nome de Centro Espírita Estudantes do Evangelho. Até o ano de 1950 funcionou como Centro, depois, em face das atividades que realizava, passou a denominar-se União Espírita Goiana, cujo nome atual é Federação Espírita do Estado de Goiás – FEEGO.

Meu pai, José de Araújo frequentou este centro, antes de conhecer a Tenda do Caminho, onde permaneceu por mais de dez anos, participando ativamente das reuniões e colaborando bastante com as obras assistenciais. Em 1962, um grupo, que já se reunia em nossa casa há alguns meses, resolveu fundar o atual Centro Irmãos do Caminho e a antiga Tenda do Caminho passou a ser Irradiação Espírita Cristã, como nos dias de hoje.

José Araújo, fundador do CEIC.
Todavia, os irmãos de fé nunca se separaram e era frequente a presença de médiuns de um núcleo colaborando com o outro, pedindo ajuda espiritual, participando das obras sociais da outra instituição ou proferindo palestras no núcleo irmão. Isto acontece até os dias atuais!

Dona Didi tinha verdadeira afeição por muitos dos médiuns e dirigentes da Irradiação e lembro-me de que com a mudança de Chico Xavier para Uberaba, Dª Silvia Alessandri, Dona Maria Antonieta, seu filho Clóvis, mamãe e eu fomos visitá-lo em sua nova residência, em 1960.

Alguns anos mais tarde a Dª Antonieta e seu marido Dr. Clóvis Figueiredo foram meus padrinhos de casamento. Após a mudança de plano de minha mãe Didi, Dª Sílvia fez uma palestra exaltando o seu trabalho em prol do Espiritismo em Goiânia, no CEIC, e durante o seu velório, o neto de Dona Didi – Amaro França Araújo – também a homenageou contando parte de sua trajetória no espiritismo.

3 comentários:

  1. Muito linda esta história. Meu pai, Mário de Andrade, minha mãe Orminda e meu irmão Marinho participaram desta história. Pelo que entendi o primeiro centro se chamava Tenda do Caminho onde e em seu início o trabalhos eram mais voltados para a Umbanda. Nele, além do papai, trabalhavam o Sr. Scartezini, Dna. Dorotéia, Dna. Dulce, Sr. Evaristo, Sr. Gastão, Sr Franzini alem de Dna. Silvia e Antonieta Alessandri entre outros que me fogem à memória. Houve então uma solicitação dos mentores para que houvesse uma separação onde a Irradiação Espirita Cristã ficaria encarregada de promover o Kardecismo e outro centro seria criado, o Irmãos do Caminho, encarregado de continuar com a linha de Umbanda a cargo de Dna. Didi. Só não lembro exatamente quando (a data) houve esta cisão. Pelo que entendi de seu texto isso ocorreu em 1962. Eu nasci um ano antes e recebi o nome de André Luiz em homenagem ao nosso querido André Luiz, espírito que tanto ajudou (e nos ajuda até hoje) tanto os trabalhos de ambas as as casas como na trajetória de vários membros.

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  2. Em tempo: Trabalhei como carbono no Irmaos do Caminho quando a Dna. Didi (querida) ainda era viva, na Ricardo Paranhos. De toda família eu fui o único que seguiu na Umbanda por afinidade. Salve meu povo...

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  3. Sou muito grato à Ana. Didi por me mostrar as falanges dos Pretos Velhos, Caboclos, Exus, Pombas Giras, Baianos, Erês, etc...

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