Regina e Maria Alzira no CEIC |
Conheci a Dona Didi na antiga sede do CEIC no setor oeste. Eu freqüentava o centro com minha família, tomando passe desde criança.
Minha mãe - Geny Alves da Silva - já atuava junto ao natal dos pobres, ajudava com a creche e estávamos presentes na pedra fundamental deste prédio.
Depois disso eu me casei e quando eu tinha 3 filhos a minha mediunidade começou a perturbar a minha vida e vim conversar com a dona Didi. Meus filhos eram pequenos então. O mentor me aconselhou a esperar um pouco, mas disse que se eu quisesse melhorar eu precisaria trabalhar mesmo.
Comecei a trabalhar, mas eu me sentia mal assim mesmo. Então, ia à casa de Dona Didi e ela me recebia com muito carinho e dedicação, mesmo que eu estivesse com meus filhos pequenos. Sempre que precisei, eu fui lá. Assim, nossos laços de afinidade se estreitaram.
O que eu sentia era que ela me acolhia com boa vontade, com um sorriso. Às vezes eu lhe levava sucos e até dividimos em sua casa o vinho de que ela tanto gostava. Eu entrei em sua intimidade, muitas vezes assisti à cena de ela dividir o alimento com seu companheiro José, seu segundo esposo, que também freqüentava o centro e a levava para os trabalhos espirituais. Com o tempo, eu fui conseguindo me equilibrar e também encontrei a harmonia como médium.
Há um fato interessante de que me lembro. Fizemos uma rifa de um quadro da santa ceia, pintado pela filha da Dona Elcyr - a Paula. Eu ganhei o quadro e já imaginava o lugar onde o colocaria lá em casa. Daí, alguns médiuns se aproximaram e sugeriram que eu doasse o quadro novamente. Eu fiquei muito dividida, mas nada disse a ela. Durante a sessão o mentor me chamou e me disse: - “O quadro é seu”. E me indicou onde deveria pendurá-lo. Fiquei surpresa e feliz e até hoje ele se encontra no lugar sugerido.
Quem marcou os dias do nascimento de meus três filhos foi o Dr. Fritz, por meio de Dona Didi. Além do pré-natal usual, fiz também o espiritual com ele, aqui no centro. Normalmente o ginecologista dava uma data e ele outra. Sempre segui as instruções espirituais e na época do nascimento do meu primeiro filho o médico achou que eu deveria fazer a cesárea, estipulou uma data diferente da data marcada pelo Dr. Fritz. Preferi confiar na espiritualidade e depois do parto o médico concordou com o fato. Ele nasceu no dia de meu aniversário 25 de fevereiro.
Eu tive um problema de saúde na segunda gravidez, quando morava em Brasília, mas vinha a Goiânia periodicamente para o pré-natal no centro. Tive cálculo renal com seis meses de gestação, precisei ser internada, mas tive alta para vir ao centro. A pedra foi expelida magicamente. O médico ficou surpreso e passou a freqüentar o centro também.
Às vezes, morando em BSB, eu ligava para a Mariazinha e ela me retornava dando o nome dos remédios e assim sempre nos tratamos.
Surpreendente era a força dos guias de Dona Didi. Só quem conviveu com ela e assistiu aos maravilhosos trabalhos de cura que ela intermediou tem como imaginar a sua capacidade mediúnica. Na época em que ela saiu do centro, eu também saí do CEIC, retornando 4 ou 5 anos mais tarde.
Fui visitá-la algumas vezes junto com o pessoal do centro para dar-lhe assistência. Havia uma moça, chamada Lúcia Cândida, negra, que tinha dificuldade de integrar o grupo no início, mas depois se tornou excelente médium. Ela morava lá em casa e minha mãe um dia a acordou para vir ao centro. Ela ficou revoltada e ninguém entendeu por quê. Durante a sessão, o mentor lhe contou que em outra encarnação ela havia sido loura e minha mãe negra, além de ser também a sua escrava. Ela costumava acordar a minha mãe com água gelada...
Uma vez, apareceu um gânglio no pescoço de minha filha e o Dr. Fritz aconselhou a não mexer, porque ela poderia ficar muda. De fato, meses depois o tumor desapareceu. Sempre tive muita fé na espiritualidade e nunca me arrependi.
Minha convivência com a Dona Didi foi uma bênção e sempre lembrarei o amor e a dedicação com que ela me tratava.
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