Didi em 1952 |
Capítulo XV
Eu estava novamente esperando o quarto filho
Dia 2 de maio de 1952 nasceu a minha filhinha Maria Elizabeth. Criança forte, muito branquiou filha. Nunca tinha me sentido tão sem coragem. Após tomarmos o café da manhã em 1º de maio de 1952, José e eu fomos até o portãozinho de nossa casa. Conversamos fazendo planos para os decorrentes anos.
Tenda do Caminho, atual Irradiação Espírita Cristã |
Ele trabalhava na Tenda do Caminho e me disse que a próxima obra seria a CASA DO CAMINHO, no bairro Santa Genoveva. Esta obra daria amparo às mocinhas pobres, sem pais ou mães solteiras. Dª Maria Antonieta, vice-presidente da Tenda, então, deu-me a incumbência de dirigir a obra do berço que daria assistência às mães pobres ou solteiras. Distribuiria 25 enxovaizinhos completos para bebês recém-nascidos.
Muitas pessoas me ajudaram nesta obra, quer me doando tecidos ou costurando lindas roupinhas para a obra do berço.
Capítulo XVI
Dia 2 de maio de 1952 nasceu a minha filhinha Maria Elizabeth. Criança forte, muito branquinha, linda mesmo! Estava na maternidade D.ª Gercina, na Santa Casa, à Rua quatro, esquina com a Av. Tocantins. Fiquei lá sozinha porque o José precisava ficar com as crianças em casa. Na noite do dia 3 de maio, minha irmã de criação - Agda e Daniel, seu esposo, foram visitar-me. Eu estava com uma complicação hemorrágica e febre. Na hora da saída das visitas, Daniel vendo que eu estava com muita sede devido à febre alta, colocou a moringa de água no criado perto da cama. Assim que eles saíram, eu puxei a moringa e a água caiu toda sobre a minha cama... Foi um choque terrível. Chamei a enfermeira, ela trocou a cama e trouxe a minha filhinha para eu amamentar. Ela estava rosada e sadia.
Na manhã seguinte, quatro de maio, Maria Elizabeth amanheceu morta. Parece que ela asfixiou por ter vomitado ao dormir de costas.
José, meu esposo, ficou desolado. Culpava todos na maternidade, mas eu lhe disse: - Tenha calma, as coisas acontecem; a gente não viu nada, somente podemos falar as coisas quando as vemos ou as assistimos.
Dia 5 de maio de 1952 fui para casa com seu esposo e os três filhos – Marco Antônio, Regina Lúcia e Clélia Maria.
Até hoje, quando me lembro desta passagem da minha vida, fico sofrida e chorona.
- Filha, recordar é viver! Continuemos a escrever as Memórias e agora mais do que nunca, comece um roteiro de caridade. Continue com o natal dos pobres, dando roupas usadas, sapatos, cestas de alimentos e assistência aos necessitados. Também, você criará, além dos seus sete filhos, mais sete meninas de outros pais... A sua caminhada inicia agora, o sofrimento, filha, é a base da subida!
Dona Didi em 1968 |
Capítulo XVII
Ninguém evolui sem sofrimento! Em circunstâncias diversas, acontecimentos que nos parecem derrotas são bens que não sabemos ou não entendemos de início. Importante lembrar que Jesus em sua trajetória terrena disse: - “ Pai, seja feita a Vossa vontade e não a minha.”
- Meu Deus, amigo de todas as horas, como é belo sentir a Sua presença através da vontade de regeneração!
Novamente, sentia perfumes de incenso, mirra e rosas. À minha frente, jardins floridos, campos verdes se estendiam em nuances de paz! Obrigada, Jesus, por tudo que tenho recebido...
O leitor poderá dizer que sou uma sonhadora, mas é a pura verdade tudo que escrevo! O caminho do bem é uma reta sem miragens...
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