MEMÓRIAS DA DONA DIDI – 4ª ETAPA
A vida corria com muito êxito. José continuava ajudando o Dr. Colombino na tesouraria da tenda e na construção das obras assistenciais. Eu, agraciada com a mediunidade, continuava dando a minha colaboração nas preces, em trabalhos de passes em benefício dos enfermos. Continuava com a obra do berço. Trabalhei por dois anos com a Dona Belinha, esposa do Senhor Felinto, na obra do Preventório, na Fama. Ajudei o Senhor Odorico Nery e Dª Alda a angariar utensílios, móveis e colchões para o Solar Colombino Augusto de Bastos. Promovi o natal dos pobres por 45 anos... A qualquer hora que me chamassem, fosse de dia, de noite ou de madrugada, eu ia orar pelos enfermos e necessitados...
Como agradeço a Jesus poder concretizar tudo isto! Religião é assim, desprendimento de si mesmo, regeneração, alcançar o objetivo principal vivendo na prática do evangelho de Jesus Cristo! Fora disto, é tudo sofismas e equívocos.
Capítulo XIX
José Araújo sempre doente me preocupava muito. Contudo, ele continuava trabalhando, era um espírito dinâmico. Vendeu a Casa Araújo para o Senhor Roldão, esposo de Dª Raimundinha. Eles vieram do nordeste e se estabeleceram aqui em Goiânia.
Dona Didi em 08.11.2002, aos 80 anos |
Resumindo a minha trajetória junto à espiritualidade, trabalhei três anos mediunicamente na Tenda do Caminho antes do desencarne do Dr. Colombino. Depois mais quatro anos dirigindo os trabalhos espirituais na Tenda, hoje, Irradiação Espírita Cristã. Em 1961 até 1962, nós tínhamos um núcleo em nossa casa que se especializou em trabalhos de materialização. Éramos 12 médiuns e juntos aprendemos muito em todo aquele tempo. Em 1962, após quatro anos de trabalho de direção espiritual na Tenda, meu marido José Araújo e eu doamos um lote que possuíamos na Rua 8 “A” do setor oeste para a construção do Centro Espiritualista Irmãos do Caminho, obedecendo às orientações espirituais.
Foi um grupo maravilhoso! Todos nós comungávamos o mesmo ideal. Foram desenvolvidos 152 médiuns que faziam parte dos trabalhos do novo centro. Havia especialidades em todo fator mediúnico. Lá trabalhamos, aprendemos e realizamos a assistência a todos que passaram por aquela casa espírita. Como estava pequeno, construímos a nova sede na Alameda Ricardo Paranhos, na QD 259, lote 12. Como o lote tem duas frentes, este fato favoreceu o aproveitamento de toda a área. No dia 9 de setembro de 1981, inauguramos a nova sede com uma sessão de quarta-feira, patrocinada pelo Irmão Fritz, por Bezerra de Menezes e Manuel Maior, com trabalho de receituário e curas neste novo local.
Capítulo XX
Assim é a vida, somos apenas instrumentos da vontade divina; sempre que quero uma resposta a meus anseios, espíritos jogam flores ou folhas, não sei de onde, que caem na mesa ou no meio da sala... Quando acordo de noite, espíritos voam do céu e caem pela janela de meu quarto e me trazem estímulos, mensagens de encorajamento e alegria...
Podem os leitores achar tudo isto uma grande imaginação. Não é não. Tudo é a expressão da verdade. Médium é isto, somos apenas instrumentos da vontade divina... Não devemos nos revoltar diante de muitos acontecimentos, porque Jesus nos proporciona sempre o melhor de acordo com o nosso merecimento.
Neste novo endereço trabalhei durante quinze anos e me afastei no final de 1996 devido à enfermidade de meu segundo esposo – José Nascimento.
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